O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, esteve, na tarde desta quarta-feira (23), no Bom Retiro, onde acompanhou a construção das casas das 136 famílias que moravam na favela Cidade de Deus. Transferidos para a região há anos, após o fechamento do Lixão, os moradores foram capacitados para construírem as casas e hoje têm uma profissão.
Eles passaram por um ano de capacitação, recebendo um salário mínimo e uma cesta básica da Prefeitura. No curso, realizado pela Fundação Social do Trabalho, eles foram treinados para a função de pedreiro, eletricista, marceneiro, azulejista e pintor e agora poderão construir suas casas, no sistema de mutirão. Agora, estão construindo as casas.
“Quando eu falo para outros líderes comunitário do projeto que estamos fazendo aqui em Campo Grande, as pessoas ficam encantadas. Pois a Prefeitura de Campo Grande, pela primeira vez nos viu, nos acolheu, nos deu uma profissão e está proporcionando o sonho da casa própria”, diz Rogério Carvalho do Carmo, líder comunitário no Bom Retiro.
Ele complementa a fala, contando que o primeiro passo foi devolver a esperança aos moradores. “Logo que esta gestão assumiu, todos estavam desacreditados. Ninguém mais acreditava que algo seria feito. Hoje vemos as casas sendo erguidas, o prefeito aqui semanalmente visitando a obra. Gosta mais disso aqui que a gente”, brinca.
Para o prefeito Marquinhos Trad, é preciso criar este vinculo de respeito, de carinho, de humanidade.
“Eles foram retirados das suas casas e colocados aqui. Perderam tudo. Eles estavam em uma favela, a chamada Favela Cidade de Deus, e aqui, praticamente foram ‘jogados’, para que ficassem longe dos problemas administrativos da cidade. Essa proximidade traz esse convívio de carinho, de respeito, que todos nós somos iguais”, disse.Além disso, ele complementa que é preciso verificar a maneira como as obras estão evoluindo.
A arquiteta Francielli Rossi Gimenes conta que as obras estão na fase do firmamento. Já foi finalizado o canteiro de obras e agora estão na fundação.
“Estamos fazendo tudo o que precisa cavar. Ai tem um grupo que está cavando as fossas, o outro já está fazendo a locação dos baldrames,para começar a erguer as casas. O planejamento é fazer de 40 em 40 casas. Enquanto uma turma faz as fossas, a outra turma já vem assentando os tijolos. Somos em 7 turmas e cada equipe é responsável por uma parte da obra. O trabalho é sempre assim, em conjunto, todos trabalhando em equipe”, esclarece.
A Funsat ficou responsável pelo pagamento dos moradores, por meio do Programa de Inclusão Profissional, durante o período de capacitação. Já a Agência Municipal de Habitação (EMHA) fez a readequação dos projetos, possibilitando a parceria com o Governo do Estado, que financiou a compra dos materiais, com custo de R$ 4,9 milhões.
Fonte: Assessoria PMCG