Demitida nega ter deitado no trabalho e diz ter sido trancada por patroa em Campo Grande

A funcionária envolvida em uma briga com a patroa nega que tenha sido encontrada deitada no serviço, conforme ocorrência registrada. A secretária procurou a reportagem para dar sua versão sobre o que aconteceu. Ela conta que foi agredida pela patroa e que ainda foi trancada no pátio da empresa, até a chegada da polícia.

A funcionária conta que a empresária acabou descontando todas as frustrações em cima dela, quando lhe agrediu. Ela ressalta que não estava deitada na empresa e que fez ‘todo o trabalho que estava ao seu alcance’.

A trabalhadora explica que chegou para cumprir o expediente na empresa na quarta-feira (30) e teve que resolver uma série de pendências, mesmo serviços que estariam além de sua função de secretária. A empresa ficou sem energia elétrica porque o medidor do padrão precisou ser retirado. 

Ela conta que um outro funcionário pegou o carro da empresa para resolver um pedido dos patrões, mas acabou batendo o veículo no muro. Foi quando o problema começou. A funcionária diz que a patroa ficou muito nervosa e lhe atribuiu a responsabilidade do problema.

“Ela me ligou muito nervosa e disse que eu tinha que ter gerenciado tudo. Eu estava no banheiro na hora, ninguém pediu pra mim se poderia pegar o carro”, afirma. 

A funcionária explica que como a empresa estava sem energia, sentou no sofá até a chegada da patroa. Quando a empresária chegou, a confusão começou. A trabalhadora conta que foi acusada de não trabalhar e que a patroa começou a gritar com ela. “Ela meteu a mão na minha cara. Aí eu também bati nela, peguei pelos cabelos e puxei”, diz. 

A funcionária conta que o marido da empresária se meteu na briga, a empurrou e colocou para fora da empresa. Ela afirma que a situação foi filmada e que pretende registrar um novo boletim de ocorrência, com sua versão completa dos fatos. “Estou mais arrasada porque o marido dela deixou ela gritar e me agredir, mas quando fui me defender, ele me jogou para fora.

Ela ainda afirma que foi trancada pelos patrões e teve que ligar para a polícia para conseguir sair da empresa. “O meu carro estava no pátio ao lado, quando entrei dentro do carro para ir embora e procurar a delegacia, eles fecharam o portão. O funcionário correu para abrir pra mim, mas ela e o marido não deixaram, trancaram o portão. Fiquei com medo de ficar pior, já estava toda machucada, fiquei acuada até a polícia chegar”.

Na versão registrada no boletim de ocorrência, a empresária disse que chegou ao estabelecimento e se deparou com a funcionária deitada. Por este motivo, decidiu demiti-la e passou a ser agredida com puxões de cabelo e com um soco na boca. Para se defender, jogou o sapato contra a agressora.