Tarado é flagrado se masturbando em ônibus em Campo Grande

Usuária de transporte público de Campo Grande, Waldelyce Alves flagrou um homem se masturbando em plena luz do dia na linha 080. Ele estava se esfregando em outra passageira.

Waldelyce conta que, ao perceber a ação, gritou. O condutor do ônibus parou o veículo e o homem desceu como se nada tivesse acontecido.

Ele estava vestido com jaqueta preta e vermelha, calça creme e boné preto.

“Os tarados se aproveitam para molestar as mulheres que precisam trabalhar. Hoje, pela manhã, na linha 080, tinha um homem se masturbando no ônibus. Quando ele ia esfregar o órgão genital na bunda da mulher, eu gritei que tinha um tarado dentro do ônibus. O motorista parou na parada da Caixa [Econômica], da Rua Bandeirantes, e ele desceu”.

Waldelyce também ficou indignada com a atitude dos homens que estavam no ônibus e que ‘fingiram demência’ diante da situação.

“Tinha um monte de homem no ônibus e não fizeram nada. Eu que dei um empurrão nele e chamei ele de tarado. Até quando nós mulheres vamos sofrer esse tipo de abuso?”.

Ela destaca também que as mulheres não podem se calar. “Tem muitas mulheres que se calam por vergonha. Mas eu não consegui ficar quieta, parada e vendo aquele tipo de situação. Só porque a gente é mulher, a gente vai ter que sofrer esse tipo de abuso até quando?”, questiona ela que não registrou boletim de ocorrência ou fez reclamação formal pelo fato ter ocorrido com outra mulher.

Mais casos

Casos semelhantes já ocorreram outras vezes. Sandra Ferreira, 49 anos, usa o transporte há mais de 30 anos e diz que esses abusos são corriqueiros.

“Olha, eu já vi muito isso. Às vezes a gente fica com medo de apanhar e nem fala nada. Mas, na maioria das vezes, eu procuro avisar a mulher nem que for um olhar ou um gesto. Acho que os homens que fazem isso deveriam ser presos e marcados para não entrar mais nos ônibus”.

Consórcio Guaicurus

Através da assessoria de comunicação, o Consórcio Guaicurus orienta que as vítimas registrem boletim de ocorrência e procurem a Central de Atendimento. No caso, o fato citado não teve conhecimento formal da empresa. “Ninguém aqui no Consórcio está a par do ocorrido. Nem os encarregados dos terminais, nem gerente da operação foram comunicados a respeito do caso. Na Central de Atendimento ao Cliente também não houve nenhum registro. Estamos operando com no máximo 70% de lotação, com fiscalização constante no terminais por parte do próprio consórcio, Agetran e Defensoria Pública.”