Bolsista do Governo de Mato Grosso do Sul, a atleta Aléxia Vitória do Nascimento embarcou nesta semana com a seleção brasileira de judô rumo ao Japão, para a disputa da Olimpíada 2021, em Tóquio. A sul-mato-grossense foi convocada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para integrar a equipe de apoio, que ajudará na preparação dos judocas que vão ao tatame em busca de medalhas para o Brasil.
O período de aclimatação e preparação final da delegação tupiniquim de judô acontecerá em Hamamatsu, cidade distante 259 quilômetros de Tóquio, onde está a Vila Olímpica e ocorrerá a 32ª edição do maior evento multiesportivo do planeta. As disputas da modalidade na capital japonesa serão de 24 a 31 de julho.
Ao todo, 20 atletas foram selecionados pela CBJ para auxiliar nos últimos treinamentos da equipe principal para as lutas oficiais. Segundo Aléxia Nascimento, é uma motivação já pensando na próxima edição da Olimpíada, em Paris, na França, daqui a três anos. “Ir para Tóquio já é a realização de um sonho, mesmo como equipe de apoio. Vou fazer tudo com confiança e determinação para conquistar meu objetivo, que é Paris-2024”.
A sul-mato-grossense de 18 anos, beneficiária há quatro anos do Bolsa Atleta, programa do Governo do Estado, coordenado pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), é uma das revelações do judô nacional e vem sendo preparada pela CBJ para os próximos ciclos olímpicos: Paris-2024 e Los Angeles-2028.
“Nosso objetivo é 2024 e vamos chegar lá, para que a Aléxia seja a número um e ajude o Brasil na conquista do ouro. Mas com essa experiência que será adquirida agora em Tóquio, nada mais vai ser novidade para ela nas próximas Olimpíadas”, relata Alessandro Nascimento, pai e técnico de Aléxia, contemplado pelo programa Bolsa Técnico desde a primeira edição, em 2017.
Mais MS nos tatames
Duas vezes medalhista olímpico e multicampeão internacional, Rafael Carlos da Silva, conhecido como “Baby”, é outro sul-mato-grossense que estará em ação no país asiático. Nascido em Campo Grande (MS), o atleta foi criado em Rolândia, interior do Paraná. O judoca é o único veterano da turma que embarcou no primeiro grupo, nesta quinta-feira (8). O segundo embarca no dia 13.
“Para mim, parece que é a primeira Olimpíada. Primeiro, porque cada Olimpíada é diferente. E essa, no meio dessa questão de pandemia, uma série de protocolos, de regras, então estou me adaptando a tudo isso. É uma sensação de estar sendo tudo novo”, disse o campo-grandense de 34 anos.
Para Tóquio-2021, dos 13 judocas convocados, sete são homens e seis mulheres. Desses, sete atletas vão estrear nos Jogos Olímpicos, evidenciando o sucesso na renovação constante do judô brasileiro. A equipe masculina do Brasil terá nos tatames Eric Takabatake (-60kg), Daniel Cargnin (-66kg), Eduardo Katsuhiro Barbosa (-73kg), Eduardo Yudy Santos (-81kg), Rafael Macedo (-90kg), Rafael Buzacarini (-100kg) e Rafael Silva “Baby” (+100kg). Já a feminina é composta por Gabriela Chibana (-48kg), Larissa Pimenta (-52kg), Ketleyn Quadros (-63kg), Maria Portela (-70kg), Mayra Aguiar (-78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).
O judô é o esporte individual que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil. No total, são 22, sendo quatro de ouro, três de prata e 15 de bronze. Vale lembrar que o país esteve pelo uma vez no pódio olímpico das últimas nove edições dos Jogos Olímpicos.