Nesta terça-feira (05), Bolsonaro tentou fazer acenos à sua base social, ao reforçar o seu discurso reacionário e negacionista. Dessa vez o presidente proferiu suas típicas bestialidades durante cerimônia religiosa no Simpósio Cidadania Cristã, na Igreja Batista Central em Brasília. O presidente também voltou a instigar a sua base contra o processo eleitoral, dizendo que há irregularidades e fraudes.
“Tem muita gente melhor que eu pelo Brasil. Mas quis o destino que a Presidência estivesse com a gente. Temos que trabalhar, aguentar pressões, desaforos, fake news, ameaças. E tocar o barco”, afirmou o presidente no início de seu discurso. “Respeitemos as minorias, mas as leis são para que eles se mantenham na linha, não nós, que já estamos na linha”.
O presidente voltou a dizer que defende a família ‘tradicional’ e que sabe ‘o que representa a família para a sociedade’. Os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos) estavam presentes no evento.
Durante o pronunciamento, o presidente exibiu em um telão um vídeo gravado por um apoiador. Sem nenhuma crítica ao governo, o homem não identificado lista supostas realizações da gestão e diz que ‘descobrimos que há fraude nas eleições’. Porém, Bolsonaro nunca apresentou provas de suas acusações de supostas irregularidades.
Pode te interessar: Número de brasileiros passando fome salta de 10,3 milhões em 2018 a 19,1 milhões em 2020
O presidente também voltou a defender remédios ineficazes contra a Covid-19 e alegou que as dificuldades econômicas que o País enfrenta advém das medidas adotadas por prefeitos e governadores para frear a disseminação da doença, se isentando do fato de ser um presidente genocida, e responsável pela mais de 600 mil mortes por Covid, junto com Mourão, militares, governadores, parlamentares, STF e demais políticos burgueses.
“Eu não me furtei de falar na ONU, para o mundo, de tratamento precoce. Que deveríamos respeitar a autonomia do médico. Ou temos que nos consultar com William Bonner e os três patetas da CPI?”, disse o ex-capitão, se referindo aos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Tem gente que fala que não tem comprovação científica. Tá bom, então você recomenda o quê? Não tem o que recomendar. Grandes remédios foram descobertos por acaso”.
Ele também defendeu novamente a indicação de André Mendonça, ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado ainda nem tem data marcada.
Veja também: Enquanto destrói o real, Guedes lucrou milhões com seus dólares em paraíso fiscal
“Espero que Mendonça seja aprovado. Terá uma sabatina, creio que não terá dificuldade de ser questionado sobre questões jurídicas. Se for aprovado, tomará posse. Só fiz dois pedidos a ele: que toda semana, ao iniciar os trabalhos, peça dois minutos e faça uma oração dentro do STF e que todo mês quero tomar com ele uma Tubaína”.
Foto e reprodução Youtube!