Líder de escritório do crime do PCC em MS fez roubo a banco que espalhou terror em Araçatuba

A Operação Escritório do Crime, deflagrada pela PF (Polícia Federal) no domingo (3), prendeu sete pessoas que estariam criando um centro de distribuição de armas em Ponta Porã, município de fronteira entre o Brasil e Paraguai. Um dos presos, Anderson Menezes, chamado de Tuca, estava envolvido no assalto a banco em Araçatuba (SP), onde três pessoas morreram, segundo informações da coletiva da PF realizada nesta sexta-feira (8). 

As prisões foram no momento em que o grupo se reunia na casa de um dos integrantes, que estariam ligados ao alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital). De acordo com a PF, foi realizado além das prisões em flagrante, o cumprimento de quatro mandados de prisão temporária — três alvos dos mandados estavam entre os presos em flagrante — totalizando oito prisões.

A Polícia Federal explica que o grupo passou a ser monitorado em setembro, quando chegou a Ponta Porã. A intenção era montar uma espécie de centro de distribuição de amas para apoiar assaltos a bancos em todo o Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul.

Tuca relatou à polícia que estava na cidade para que sua esposa, também presa, realizasse uma cirurgia plástica, “mas temos evidências que não corroboram com essa versão”, disse o delegado Diego Gordilho. Não foram revelados os valores movimentados pelo grupo, mas a PF afirma que as investigações continuam sendo realizadas e a possibilidade de novas fases da operação ainda não foi descartada.

Irmão morto

O delegado da PF também afirmou que o irmão de Tuca está entre os criminosos mortos em uma operação realizada em São Paulo, onde foi descoberto um depósito que armazenava armas de grosso calibre e munições.

Apesar da coincidência, a Polícia Federal afirma que não é possível relacionar a operação realizada neste domingo em Ponta Porã com a realizada em São Paulo, assim como os crimes.

Assalto em Araçatuba

Três agências bancárias foram atacadas por criminosos fortemente armados na noite de 30 de agosto, no município de Araçatuba (SP). A ação terminou com três pessoas mortas, sendo dois moradores e um criminoso, outras cinco ficaram feridas.

O crime realizado na cidade de 200 mil habitantes durou cerca de duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga. A noite foi de terror, moradores foram feitos reféns e utilizados como escudo humano, além de diversos veículos que foram queimados pelas ruas da cidade.

Os criminosos chegaram a utilizar drones para monitorar a chegada da polícia e espalharam explosivos pela cidade para dificultar o trabalho dos policiais. Na cidade, as aulas foram suspensas e o transporte público teve o serviço encerrado.

Jornal Midiamax