Ivanir Souza, aposentada com 59 anos, mora no Coophatrabalho. Ela é uma das mais de 11 mil campo-grandenses que utilizam as áreas verdes e parques administrados pela Prefeitura Municipal. Técnica de enfermagem por 30 anos ela se orgulha de utilizar esses espaços como área de lazer, prática de atividades físicas e interação social.
O amor pelos espaços ao ar livre começou quando os filhos eram pequenos. Trabalhando em dois hospitais, Ivanir conta que dedicava um tempo após o expediente para os passeios em família. “Eles precisavam sair um pouco de casa, se mexer, se divertir, e estar em contato com a natureza. Enquanto eles estavam no futebol, eu fazia Funcional, antes no Parque Ayrton Senna e hoje na Praça Elias Gadia”, conta ela, que é aluna das oficinas de Zumba e Futdance oferecidas pela Fundação Municipal de Esportes.
“As atividades são ótimas, cansam e relaxam ao mesmo tempo. Às vezes saímos de casa e não estamos muito animados, mas quando chegamos lá tudo muda. Com as músicas, as pessoas, e um clima de diversão o nosso ânimo aparece. O professor empolga a gente. É o melhor remédio contra o estresse e a ansiedade, que infelizmente leva muitas pessoas a fazerem uso de medicamentos, que poderiam ser evitados apenas com a prática de exercício físico”, avalia Ivanir, que tem a atividade física em sua rotina diária.
Campo Grande tem cerca de 70 locais com ofertas de oficinas de esporte e lazer, que acontecem nas sete regiões. Esses espaços públicos são utilizados pela população não apenas para a prática de atividades físicas, mas para piqueniques nos fins de semana, eventos como comemoração de aniversários ou simplesmente para relaxamento e contemplação do pôr do sol. A movimentação garante aos campo-grandenses qualidade de vida, convivência, interação social e ocupação das praças e parques da Capital.
Modalidades de zumba, funcional, pilates, vôlei, ginástica na cadeira, caminhada, hidroginástica, orientação na Academia ao ar Livre e treinos na areia são modalidades oferecidas gratuitamente. Adriana Paula Bezerra de Souza, 51 anos, consultora de beleza, conheceu o Parque Sóter na pandemia e agora utiliza o espaço de segunda a sexta.
A consultora conta que este é o melhor jeito de começar o dia. “Eu descobri o Sóter com a pandemia, comecei a fazer caminhada quando os parques reabriram, e continuei quando as atividades voltaram”, comenta ela que chega ao local às 6h15. “Hoje faço pilates, ritmos, funcional e corrida, cada dia uma atividade. Eu sempre me cuidei e acredito que tudo deve estar associado – esporte, qualidade de vida, saúde física e emocional”. Ela mora perto do Sóter e além de exercícios fez novas amizades, ativou relacionamentos, e também ganhou novos clientes.
Para todas as atividades, a Fundação Municipal de Esportes disponibiliza 155 professores e já instalou mais de 20 academias ao livre nos últimos anos. A Funesp também ampliou as modalidades, e implantou grupos gestores nos parques onde a comunidade, o poder público e a guarda civil trabalham em conjunto.
Incentivo a iniciação esportiva
A Fundação Municipal de Esportes estimula a formação de novos atletas e dá suporte aos atletas de rendimento participarem de competições.
Além de parques e praças municipais, a Prefeitura oferece iniciação esportiva em entidades e ONGs. Para isso conta com mais de 22 modalidades oferecidos a crianças de 7 a 14 anos. Entre os projetos, os esportistas também podem contar com Auxílio Atleta, incentivo financeiro concedido a jovens com resultados em competições estaduais, nacionais e internacionais. Em 2022 cerca de 31 pessoas foram contempladas com o benefício, sendo 28 atletas e três paratletas.
O karateka Rodrigo Nonato de Lima, faixa preta, foi um dos atendidos pelo projeto. “Eu comecei a treinar na escola e peguei o gosto pelo esporte. Depois de alguns anos eu vi que tinha potencial e comecei a participar de campeonatos, e para cada viagem os custos iam aumentando. Este ano quando me classifiquei para o brasileiro me inscrevi no Auxílio Atleta, o que ajudou muito com os pagamentos desde o período de inscrição, até alimentação e o transporte. Se não fosse isso eu não teria ido competir”, explica ele que é duas vezes medalhista brasileiro e cinco vezes campeão estadual.
Antes do Auxílio Atleta, Rodrigo conta que dividia o tempo de treinamento com a busca de patrocínio, assim como outros atletas, e fazia rifas e almoços para ajudar nas despesas. “Quando um atleta vai para um campeonato sem ajuda é muito complicado. Muitas vezes usamos para as viagens recursos que são para suprir as despesas de casa. Essa bolsa ajuda bastante e dá maior tranquilidade para que possamos focar nos treinos. Agora estou treinando para representar MS na final do campeonato brasileiro”, conta ele emocionado.
O diretor presidente da Funesp, Odair Serrano, fala com emoção sobre os resultados apresentados e da importância do apoio da Prefeitura. “O Auxílio tem como objetivo apoiar atletas e equipes do município em competições esportivas e paradesportivas oficiais no território nacional ou no exterior, disponibilizando assistência no custeio com transporte, estadia, alimentação e pagamento de inscrições”.
A Lei nº 6.754/dez/2021, que garante o auxílio atleta, entrou em vigor este ano, quando a Prefeitura investiu cerca de 125 mil reais. O valor por atleta pode chegar até 5 mil reais, conforme definição do Conselho Municipal de Esporte e Lazer – CMEL.
Confira a grade das atividades no site campogrande.ms.gov.br/funesp ou pelo telefone 3314-3971 ramal 3225.
Serviço
Fundação Municipal de Esporte
Endereço: Rua DR. Paulo Machado, 663, Santa Fé
Horário de atendimento: 7h30 às 11h e das 13h às 17h30