‘Orgulho como pai’, dizem amigos de homem assassinado pelo padrasto da filha

“A vida não é justa e arranca de nós pessoas muito queridas”. As palavras são da cunhada de Agnaldo Cézar de Souza, 37 anos, assassinado a tiros na tarde desta segunda-feira (10), após desentendimento com o padrasto da filha, no bairro Alves Pereira, em Campo Grande.

O autor, Alex de Azevedo Pereira, 31 anos, segue foragido e deve se apresentar em breve para à Polícia Civil de Campo Grande, como informou o delegado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Felipe de Oliveira Paiva.

A morte de Agnaldo aconteceu na rua Francisco Amaral Militão, onde ele teria ido à casa da ex-mulher para saber o que estava acontecendo, pois sua filha não teria comparecido a sua residência para passar o final de semana.

Nas redes sociais, muita comoção entre os familiares de Agnaldo, que estava em outro casamento e era pai de mais uma criança. “Você vai fazer muita falta, meu querido cunhado”, completou Crislayne Junior.

A outra cunhada, Michelly Gama, também usou a internet para lamentar o ocorrido. “Descansa em paz, cunhado. Obrigada por ter escolhido minha irmã para ser mãe do seu filho. Você era um orgulho para ele como pai”.

Amigos também aproveitaram para deixar seus últimos recados. “Um guri bom, que Deus o receba de braços abertos, vai fazer falta”.

Versão diferente

A família do autor discorda da versão de assassinato cruel. Conforme Fábio Henrique de Azevedo, de 36 anos, a família não tinha conhecimento da arma usada no crime e suspeita que ela deve ter sido adquirida recentemente, pois Alex estaria sofrendo ameaças da vítima.

Ainda de acordo com a versão apresentada pelo irmão do acusado, Agnaldo teria invadido a casa da ex-mulher porque queria levar a filha, de 14 anos, para ir morar com ele. No entanto, essa tentativa teria sido recusada pela adolescente.

Fábio ainda afirmou que a vítima suspeitou que a ex-mulher e o padrasto estariam forçando para a menina não ir, mas a adolescente é quem não queria ir e, por isso, estaria se sentindo culpada, por não ter deixado explícito que não queria ir morar com o pai.

Adolescente abalada

A adolescente, filha de Agnaldo, ficou em estado de choque ao ver a cena e chegou a abraçar o corpo do pai, ficando com marcas de sangue por todo o corpo.

Logo após ouvir os disparos, a menina desmaiou em algumas ocasiões e precisou de amparo de alguns familiares que estavam pelo local. Bastante emocionada, ela ‘se culpa’ pela morte do seu pai por ‘provocar’ a ida de Agnaldo até a sua residência.