A luta para que o paciente João Miguel consiga viver e respirar melhor continua, mas está travada. A denúncia é do ”Projeto Respira”, da UFMS, e diz que a Santa Casa de Campo Grande teve o equipamento para traqueostomia doado pela mãe do garoto, mas ainda não agendou a cirurgia.
Conforme postagem do projeto, publicado no Facebook, João Miguel foi o primeiro a receber o trabalho do grupo. Ele sofre de traqueomalácia e estenose de traqueia e faz uso de traqueostomia. PauseUnmuteCurrent Time 0:04/Duration 0:21Loaded: 100.00%Fullscreen
”Ele chegou pequenininho aqui… a traqueostomia precisa ser trocada a cada três meses, devido ao crescimento da criança e risco de infecção”, explica a entidade. Atualmente, diz o Respira, o menino tem indicação médica de urgência, para troca da cânula e o atraso de um ano no procedimento, já rendeu várias obstruções e infecções.
Paciente chegou pequenino ao Projeto Respira. (Foto: Reprodução Facebook)
O detalhe, segue a denúncia, é que a troca da cânula precisa ser realizada em ambiente hospitalar. A peça, diz a publicação, é ofertada pelo SUS, mas à época do pedido, estava em falta na Rede de Atenção à Saúde.
”A família teve dificuldades, então fizemos campanha para conseguirmos o valor. A Atlética da UFMS juntou-se a nós, fez rifa e doou a cânula”, diz o texto do Projeto Respira. A mãe, então, foi à Santa Casa e doou a peça, crendo que a troca seria feita rapidamente. Mas não.
”Sabem quando chamaram a criança para realizar o procedimento? Nunca… mais de 6 meses e o paciente continua esperando”, desabafou a autora da postagem. Ela alertou que o padrão respiratório de João Miguel piora a cada dia, assim como o risco de infecção aumenta.
”… a possibilidade de obstrução é grande, limitando inclusive que ele frequente a escola”, diz a postagem, que faz um apelo à população e ao hospital.
Entramos em contato com a Santa Casa, neste domingo. Fomos informados a reportar o caso por e-mail, para que haja resposta nesta segunda-feira (28). O espaço está aberto para manifestações.