Em depoimento a polícia, Railson de Melo Ponte, o “Maranhão”, de 27 anos, afirmou que estava drogado e matou Danilo Cezar, 29, por se sentir prejudicado.
O corpo do estudante foi encontrado ontem (8), três dias depois do homicídio em Campo Grande.
Railson foi preso próximo à Igreja Perpétuo Socorro enquanto cuidava de veículos, o morador de rua confessou o crime no momento da prisão e disse que estava drogado quando matou o rapaz.
Para justificar, o autor disse que tirou a vida de Danilo por se sentir prejudicado pela vítima, mas estava arrependido.
O coletor de recicláveis atraiu o jovem quando ambos estavam em frente a uma casa noturna na manhã de domingo (5), na Rua Temistocles no Centro.
O estudante foi flagrado por câmeras de segurança deixando o local na companhia de Railson. O corpo foi encontrado três dias depois em um terreno baldio na Rua Alan Kardec no bairro Amambaí.
Outras câmeras flagraram parte do trajeto dos dois e logo depois Railson sozinho.
Danilo estava estudando Antropologia Social na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e estava em sua melhor fase, mas não teve tempo de alcançar todos os sonhos.
“Danilo era uma pessoa preta e LGBT, formado em Ciências sociais e esta concluindo o mestrado em antropologia e tinha sonho de seguir carreira acadêmica”, disse uma amiga que preferiu não se identificar.
Em um papo cabeça, falando sobre a vida, o rapaz se abriu com a jovem e falou sobre a felicidade do momento vivido.
“Estava comemorando o fato de estar sendo reconhecido em seu trabalho como pesquisador, estava feliz, ansiava pelo doutorado”, conta.
“Hoje, também, a ciência perde uma voz que contribuiria muito mais para a nossa sociedade”, escreveu Jean Ferreira em sua rede social.
Com informações do site Topmidianews!