Após lamentar a morte do Gerente de Segurança e Polícia Legislativa da ALMS, llson Martins de Figueiredo, o deputado Cabo Almi (PT) afirmou que homicídios como esse poderiam ser evitados caso fossem investidos mais recursos e atenção na área de segurança pública, principalmente nas regiões de fronteira.
“Sabemos que Mato Grosso do Sul é um corredor do tráfico não só de drogas, mas de armas. Precisamos ter atenção especial do Governo Federal, que, por acaso, assumiu o compromisso de aumentar os recursos para combater o crime organizado e não fez até agora. Pelo contrário, a previsão era de que R$ 1 bilhão fosse investido na área e até agora não chegou a R$ 400 mil”, enfatizou.
O parlamentar afirma que sem os recursos os equipamentos específicos para monitorar a fronteira e coibir o tráfico em MS estão parados. “O satélite que poderia fazer o monitoramente da região fronteiriça não funciona. Quem sabe se os investimentos na fronteira tivessem sido aplicados, um crime desse não teria acontecido. Agora, só nos resta lamentar e cobrar as autoridades”, disse.
Cabo Almi ainda defendeu que são necessários investimentos na área de investigação criminal e a integração dos órgãos de segurança. “O trabalho científico é fundamental para resolver o problema. Precisamos de um esforço conjunto entre as polícias e as Forças Armadas para que Mato Grosso do Sul continue sendo um estado que tem leis. Esse crime deve fazer com que nos debrucemos cada vez mais sobre a responsabilidade de banir a violência em MS”, disse.
Em aparte, o deputado Barbosinha (DEM) afirmou que o problema da segurança pública é um assunto recorrente na Assembleia Legislativa. “O que acontece é que tivemos décadas de omissão de governos passados. A gente espera que com a criação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), sancionado pelo Governo Federal, possamos passar do discurso à prática”, finalizou.