Depois de quase 30 anos sem ser notificada na América do Sul, a Poliomielite foi detectada na Venezuela em uma criança de 2 anos. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) alerta municípios de Mato Grosso do Sul quanto ao vírus e à vacinação.
Mato Grosso do Sul atingiu a cobertura de vacinação de 88% no ano passado, mas ainda não é o suficiente. A OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) e a OMS (Organização Mundial de Saúde) alertam sobre o caso da criança venezuelana e pedem que os países mantenham e atinjam a cobertura vacinal da Poliomielite maior ou igual a 95% em cada município.
A SES afirma que a situação requer atenção por parte da Vigilância e Imunização, uma vez que é grande o contingente de venezuelanos com livre acesso ao Brasil e que se deslocam para diversos estados. Em nota, a Secretaria ressalta que “é de extrema urgência a intensificação das ações de vigilância e imunização para o alcance dos indicadores preconizados por ocasião da certificação de país livre da circulação de poliovírus”. Ainda segundo o documento da SES, é de suma importância a notificação e investigação imediata da doença, que deve ser feita para a área técnica de doenças agudas.
A criança venezuelana detectada com o poliovírus vacinal, é portadora de PFA (Paralisia Flácida Aguda), e não tem antecedentes vacinais. A SES e os órgãos internacionais de saúde pedem atenção redobrada aos casos de PFA (Paralisia Flácida Aguda), com sintomas súbitos, em menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica, já que a PFA é um dos sintomas da Poliomielite.
Campanha de Vacinação
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite acontece de 06 a 24 de agosto. O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da VIP (vacina inativada poliomielite), administradas aos dois, quatro e seis meses de idade, com a VOP (vacina oral poliomielite); aos quinze meses e aos quatro anos de idade.
Fonte: MidiaMax
Foto: Agência Brasil