O trânsito de Campo Grande já matou 56 pessoas só neste ano, entre pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas. Os dados mostram não só que ninguém está imune à violência no trânsito, mas que ações efetivas são necessárias, já que um dos grandes responsáveis por acidentes fatais é o excesso de velocidade.
Das 56 pessoas mortas no trânsito da Capital em 2018, motociclistas são a maioria, que somam 32 vítimas, conforme dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Na sequência, vêm os pedestres, com 11 mortes. A tabela traz, ainda, seis registros de mortes de ciclistas e cinco motoristas e dois passageiros.
No ano passado, a situação não foi diferente. Das 70 mortes no trânsito em 2017, 35 óbitos envolviam motociclistas e garupas. Em seguida, os pedestres também estão entre as principais vítimas, com 20 mortos no trânsito, segundo dados do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito).
A chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, explica que motoristas são minoria nas estatísticas já que estão mais protegidos nas colisões.
“O carro tem cinto de segurança, tem airbag, é mais seguro. Se bater, o motorista ou passageiro que estiver com este equipamento, dificilmente vai se machucar. Mas, lá fora, tem ciclista, o motociclista, o pedestre. O motorista em alta velocidade passa literalmente por cima porque está correndo demais e não dá tempo de frear. A solução está em nossas mãos, ande na velocidade permitida da via, assim você não vai matar nem morrer”, alerta.
O que mais mata
Além do excesso de velocidade, outras infrações como condutores sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e transitar na contramão de direção são os principais fatores risco para acidentes, conforme dados do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito).
De acordo com o chefe de fiscalização do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), André Canuto, quando associadas, as infrações de trânsito tendem a fortalecer consequências letais em acidentes.
“O excesso de velocidade aumenta a letalidade dos acidentes e a falta de atenção ocorre normalmente pela utilização do celular ao volante. Os dois fatores aumentam muito com o uso de bebida alcóolico”, informa.
A saída seria simples, segundo Canuto: “Respeitar as normas de circulação tais como os limites de velocidade, semáforos, não ingerir bebida alcóolica e não utilizar o celular enquanto dirige”.
Campeões de ocorrências
O GGIT divulgou a lista com os logradouros onde ocorrem mais acidentes fatais. Confira:
- rua Ana Luzia de Souza
- avenida Ceará
- avenida Mato Grosso
- avenida Dr. Nasri Siufi
- avenida Afonso Pena
- avenida Duque de Caxias
- avenida Gury Marques
- rua João Hernandes
- rua Joaquim Murtinho
- avenida Manoel da Costa Lima
Fonte: MidiaMax
Foto: MidiaMax