Buraqueira toma conta de Dourados e rua tem mais de 50 ‘crateras’ em menos de 200 metros

A chuvarada registrada nos últimos dias em Dourados trouxe a tona um problema já antigo sofrido pelo moradores daqui: os buracos. Nesta quarta-feira (21) o Dourados News fez um giro pela região oeste da cidade e encontrou ruas que acumulam mais de 50 crateras em distância pequena.

Partindo da região central, logo encontramos uma cratera imensa na Rua Antônio Emílio de Figueiredo, entre as ruas Melvin Jones e Firmino Vieira de Matos. O buraco que ocupa a maior parte da rua, impedindo que dois veículos transitem paralelamente.

A noite, trafegar por aquele ponto exige dos motoristas e motociclistas atenção extra para prevenir acidentes.

Dali partimos para o Parque do Lago. Ainda na Antônio Emílio de Figueiredo encontramos um ponto prejudicado pelo desgaste da pavimentação. Em frente ao Parque Antenor Martins, remendos colocados pelo Município para tapar os buracos acabaram se acomodando e agora estão novamente estendendo a profundidade da cratera.

Pouco menos de um quilômetro do local, motoristas e motociclistas fazem um verdadeiro zig-e-zag para conseguir transitar pela rua Manoel Machado Leonardo, já no Jardim Flórida II. Num trecho de duas quadras, entre as ruas Barnabé Minhos e Antônio Alves da Rocha, o Dourados News contabilizou o total de 51 buracos espalhados por toda extensão da via.

Esse é um trecho muito utilizado, principalmente nas primeiras horas da manhã e no retorno do almoço, já que a avenida Lindalva Marques Ferreira, paralela com a Manoel Machado, passou a ser mão única.

Seguindo para o Jardim Flórida I encontramos uma situação parecida na Rua Mário Feitosa Rodrigues. Dezenas de buracos dominam a via. No bairro vizinho, Parque Alvorada, as condições das ruas são as mesmas.

Na Rua Olinda Pires tem cratera com potencial altíssimo de acidente. Próximo ao cruzamento com a Rua Balbina de Matos os buracos são bem profundo, com espaço suficiente para caber até duas melancias grandes.

PREJUÍZOS

Com a ‘infestação’ de buracos, o movimento nas borracharias acaba aumentando. Pelo menos foi o que disse o douradense Endriu de Oliveira, 19. Ele trabalha num estabelecimento que funciona 24 horas, localizado na Rua Cuiabá sob esquina com a Avenida Hayel Bon Faker.

Ele contou ao Dourados News que basta chover para a demanda de serviços em manutenção de pneus e remendos crescer.

“Só não é mais porque hoje tem muitas borracharias nos bairros e também por conta de que recapearam as avenidas ali do Centro, mas não tem jeito, é bater (sic) uma chuva ou a noite também que começa movimentar”, relatou.

Por ali são atendidos cerca de 20 carros por dia, fora motos que o borracheiro não soube estimar a quantidade. Em média, os serviços procurados variam entre R$15 a R$45.

OUTRO LADO

O secretário Joaquim Soares, responsável pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, explicou que as ações com tapa-buraco são ininterruptas na cidade. Soares avaliou o trabalho como “intenso”.

“A nossa prioridade tem sido as vias de acesso bairro/centro. Conseguindo alinhar esse locais vamos avançando para os bairros”, ressaltou.

O secretário também contou que para garantir a qualidade da pavimentação nas vias é preciso conscientização por parte da população.

“As pessoas costumam jogar água com sabão na rua e não fazem ideia do impacto que isso provoca. É garantido, locais onde há ocorrência comum de água e sabão nas ruas o número de buracos e maior. É inimigo ‘número 1’ da pavimentação”, disse. Soares antecipou que a secretaria irá adotar um sistema de multa para quem for flagrado jogando água na rua.

Ainda de acordo com o dirigente da pasta, são gastos cerca de R$ 150 mil por mês na produção da massa asfáltica e na aplicação.

Fonte: Dourados News

Foto:  Vinicios Araújo