A produção industrial sul-mato-grossense voltou a avança no mês de outubro, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 81 empresas no período de 1º a 14 de novembro de 2018. Pelo levantamento, em outubro, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense foi de 30%, enquanto em setembro era de 31%.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, acrescenta que, somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 46,4 pontos, sendo que resultados em torno dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada ficou próxima ao que era esperado para o período.
“A sondagem mostrou que, em outubro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 28,4% dos respondentes, igual ao usual para 56,8% e acima para 13,6%”, detalhou o economista, detalhando que o índice de expectativa do empresário industrial revela que a demanda marcou 58 pontos, sinalizando expectativa de aumento para os próximos seis meses a partir de novembro.
Já o índice de contratação de trabalhadores atingiu 52,9 pontos, indicando que o número de empregados deve crescer nos próximos seis meses, e o de exportação assinalou 58,7 pontos, demonstrando que as vendas externas também devem aumentar nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimento do empresário industrial alcançou 52,8 pontos em novembro, indicando estabilidade em relação ao mês anterior, quando o resultado foi de 52,6 pontos.
“Contudo, considerando os últimos oito meses, o indicador apresenta uma retração acumulada de 9 pontos”, detalhou Ezequiel Resende, ressaltando que, até aqui as decisões de investimento dos empresários seguem influenciadas, em boa medida, pelas dificuldades observadas quanto ao ritmo de recuperação da atividade econômica e pelo elevado e persistente nível de desemprego. “Por fim, o índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, avaliou.
ICEI
Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou 66,4 pontos, o maior valor desde agosto de 2010, quando registrou 68,6 pontos. O ICEI encontra-se 6,3 pontos acima do registrado em novembro do ano passado e 11,5 pontos acima de sua média histórica.
“Esse aumento da confiança decorre da melhora das expectativas e pela avaliação mais positiva das condições atuais”, explicou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems. Em novembro, 13,5% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 11,1% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,8% dos empresários.
Além disso, para 50,6% dos empresários não teve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 51,9% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 39,5%.
Para 28,4% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual também chegou a 28,4% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 38,3%. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 7,4%, 8,6% e 7,4%, respectivamente.
Expectativas
Em novembro, 2,5% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado também alcançou 2,5% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 4,9% dos empresários.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 18,5%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 23,5% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 13,6%.
Além disso, 74% dos empresários mostraram-se confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 69,1% e, no caso da própria empresa, 75,3% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado.
Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 4,9%, 4,9% e 6,2%, respectivamente.
Fonte: Dourados News
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