A Polícia Federal conseguiu derrubar um grupo de estelionatários nesta terça-feira (21), em Campo Grande. O bando prometia um lucro milionário para as vítimas que tiveram uma lavagem cerebral tão grande que, nem durante as investigações, elas acreditavam que estavam sendo enganadas pelos criminosos.
Hoje pela manhã, três pessoas identificadas como Celso Éder Araújo, Sidnei Peró e Anderson Araújo, foram presas. Uma quarta pessoa que não teve o nome revelado encontra-se foragida. Conforme o delegado Cléo Mazzotti, da Polícia Federal, os golpistas fizeram cerca de 25 mil vítimas em todo país.
O esquema era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há anos e, para participar do suposto esquema milionário, cada vítima tinha que investir no mínimo R$ 1 mil. Ainda conforme o delegado, esse golpe é uma ‘herança’ de família já que ele é aplicado há cerca de 10 anos, pelo avô de Celso, que tinha o mesmo nome do neto.
Ainda de acordo com Mazzotti, eles usavam contratos com termos bastante complexos e termos jurídicos inexistentes. Abusando da inocência das vítimas, o bando conseguia aplicar os golpes.
Parte do grupo conseguia levar as vítimas na ‘lábia’, nomeados como ‘os corretores’, eles adicionavam as pessoas em grupos de WhatsApp e lá faziam uma lavagem cerebral nas pessoas que realmente acreditavam que investiriam pouco, mas lucrariam muito.
Na casa de Celso, os policiais apreenderam joias preciosas e veículos de luxo. Todos os bens dos golpistas foram bloqueados.
Ainda de acordo com a PF, as declarações do imposto de renda dos investigados deram um grande salto. Entre os anos de 2012 e 2013, os valores eram humildes e em pouco tempo teve um crescimento astronômico de bilhões de reais.
Operação Ouro de Ofir
O objetivo da operação era combater a organização criminosa que vinha atuando como uma espécie de instituição financeira clandestina, induzindo suas vítimas a investirem quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de quantias milionárias.
O grupo também vinha captando recursos de investidores que queriam legalizar recursos não declarados ao Fisco. Como modus operandi, eram celebrados com os “investidores” contratos de doação de montantes expressivos, requerendo unicamente o pagamento dos “custos operacionais” utilizados para a repatriação de comissão obtida com a negociação de toneladas de ouro ou para a liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional-LTN.
Com o objetivo de dar credibilidade e aparência de licitude à sua atuação, a organização criminosa utilizava da falsificação de documentos públicos federais, como do Banco Central do Brasil.
Fonte: Topmidianews