Sem poder dizer adeus ao pai, Jacqueline transforma dor em ações para ajudar o próximo na Capital

A dor após a partida do pai, que morreu  vítima de um câncer, deixou Jacqueline Essdr, 39 anos, com um vazio no coração. Sem poder se dedicar ao genitor durante o combate contra a doença, a esteticista afirma que Cleiton Machado, 68 anos, passou os últimos dias de vida ao lado de duas filhas em Três Lagoas e Jacqueline não conseguiu nem mesmo dar o último adeus ao pai.

Com lágrimas nos olhos, a filha relembra que visitou o pai no município e ficou em choque ao ver seu estado físico. “Eu não consegui deixar meu emprego para me dedicar a ele, minhas irmãs cuidaram dele até o final. Eu vi ele três meses antes do falecimento, estava mal, não andava mais, ficava em cima de uma cama. Ele morava no Paraná, mas quando ficou doente, foi morar com minha irmã”.

Após falecer em um hospital de Três Lagoas, Cleiton foi levado para o Paraná. “Ele faleceu às 16 horas, quando foi três horas depois já estava no Paraná, eu não consegui me despedir dele. Fiquei com um vazio muito grande, uma saudade muito grande dele”.

A sensação de vazio fez Jacqueline pensar em se dedicar a algo pelo próximo, foi quando ela conheceu o grupo ‘Obstinados em Sorriso’. “Eu vi na internet que quem quisesse fazer parte do grupo era só mandar uma mensagem e eu mandei. Eu conversei com o Marcelo Goes, ele me colocou no grupo e estou vivendo essa primeira semana como membro do grupo. Quero sempre ajudar, fazer boas ações para o próximo”.

A primeira ação social que Jacqueline participou ao lado do grupo aconteceu no Asilo São João Bosco. “Essa é a primeira ação, estou me sentindo muito feliz de poder estar aqui. Quero sempre que conseguir, dedicar meu tempo livre para ações assim, me deixa muito feliz”.