Polícia prende mulher que usava nome do Exército para aplicar golpes

Após três meses de investigações o Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil (GOI), prendeu em flagrante no final da tarde desta quarta-feira (26), uma mulher de 40 anos, acusada de se passar por sargento do Exército e oferecer facilidades para o suposto ingresso nas carreiras de sargento e oficiais temporários.

Usando o nome de um suposto tenente do Exército, que na realidade não existe, a mulher dizia que havia três vagas, mas que para conseguir ingressar na força, era preciso o repasse de alguns valores em dinheiro para o pagamento de Guias de Recolhimento da União (GRU), que também eram falsas.

O caso foi descoberto após a Polícia Civil receber denúncias de que uma pessoa de fora da instituição e não capacitada ou autorizada, estava falando sobre concursos militares em nome do Exército e cobrando de potenciais candidatos, para facilitar o ingresso.

Diversas vítimas foram localizadas pelos investigadores do GOI, que comprovaram a denúncia e conseguiram obter dados da acusada, como nome e endereço e passaram a monitorá-la e efetuaram a prisão em flagrante por estelionato nesta quarta-feira.

Conforme os policiais ainda não é possível precisar o valor arrecadado pela acusada com os golpes e nem o número de vítimas, mas conforme apurado, a acusada cobrava entre R$ 15 e R$ 30 mil reais de cada pessoa. Até agora cinco delas foram identificadas e compareceram à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária (Depac) do Piratininga para prestar depoimento ao delegado Guilherme Rocha, responsável pelo caso.

Nem mesmo a filha da acusada escapou do golpe. Conforme os investigadores, a jovem de 22 anos pagou à mãe R$ 3 mil mediante a promessa de ingresso no quadro de sargentos do Exército e chegou a ser levada por ela em uma loja de artigos militares para escolher a farda que usaria quando da posse. O que fez também com algumas das vítimas, quando era pressionada a agilizar a chamada para o ingresso ou quando queria mais dinheiro.

Para dar credibilidade às falsas promessas e conseguir tirar dinheiro das vítimas, a acusada além de se apresentar como sargento do Exército, andava fardada e estampava fotos como militar em redes sociais. Na casa dela os policiais do GOI apreenderam botons, coturnos e diversas fardas do Exército.

A Polícia Civil alerta que não há como facilitar o ingresso no serviço público e que a contratação de servidores ocorre mediante a publicação em diário oficial de editais específicos para cada certame e realização de processo seletivo, na maioria das vezes composto por diversas fases, entre elas aplicação de provas.

O delegado responsável pelo caso pede que quem tenha repassado valores à acusada mediante promessa de facilidade de ingresso nas forças armadas, que procure a Depac Piratininga para comunicar o fato, levando provas como comprovantes de pagamento, fardas ou conversas em aplicativos, que por ventura existirem.

Fonte: Correio do Estado
Foto: Divulgação / Policia Civil