Ônibus novos do Consórcio Guaicurus chegam a Campo Grande

Os primeiros 10 ônibus novos adquiridos pelo Consórcio Guaicurus chegaram a Campo Grande ainda na noite de quarta-feira (9) segundo o presidente do grupo, João Rezende. O lote saiu do Rio de Janeiro. Os carros foram levados para a garagem da Viação Cidade Morena, na região sul da Capital.

Ao todo serão 55 carros novos, que irão repor os 47 carros que estão vencidos. Conforme Rezende, na próxima semana está programado para chegar mais 10 carros e até o final deste mês serão mais 9, totalizando 29 carros. Os outros 26 devem chegar ao longo de novembro.

Alguns dos ônibus já foram encaminhados para vistoria da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) para que sejam liberados para rodas pelas ruas de Campo Grande.

Os veículos foram adquiridos depois que a Agência Municipal de Regulação e Serviços Públicos (Agereg) ameaçou multar o Consórcio em R$ 2,7 milhões por conta de quebra de contrato. O documento previa que os carros deveriam ser trocados após cinco anos de uso e alguns carros já haviam passado desse período.

Os novos carros têm projeto de layout padronizado para garantir que a frota de 555 ônibus, seja uniforme tanto para os carros novos quanto para os que futuramente serão reformados. Nenhum veículo novo tem ar-condicionado.

Atualmente, dos 555 veículos, 50 são reservas. A idade média dos veículos em circulação é de 6,76 anos, enquanto o contrato estabelece cinco anos, com a compra dos novos carros, segundo o diretor-presidente da Agereg, Vinícius Leite, essa idade volta para a média estabelecida em contrato.

Documentos que compõem a proposta apresentada pelo Consórcio Guaicurus à época da realização da licitação revelam declarações de disponibilidade de veículos ano 2002. Portanto, já com mais de uma década de uso.

Levantamento da Agereg aponta que para manter a frota dentro da idade média de cinco anos, o consórcio precisa adquirir cerca de 55 veículos por ano, o que custaria R$ 20 milhões.

Mesmo oferecendo frota de veículos usados, o Consórcio Guaicurus, responsável por 20 anos pela administração do transporte coletivo da Capital, foi o vencedor da licitação realizada em 2012. As empresas foram escolhidas mesmo apresentando maior valor de outorga de concessão do que a concorrente. O valor oferecido foi de R$ 20 milhões, sendo R$ 8,75 milhões maior do que o disponibilizado pela paranaense Auto Viação Redentor.

IMPOSTO

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial do município de quarta-feira (9) a lei que cobra gradativamente o ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) do Consórcio Guaicurus.

A medida foi votada pelos vereadores na terça-feira (8) e aprovada por 21 votos favoráveis e seis contrários. Desde 2013, o consórcio foi isento dos 5% de imposto e, neste ano, a Prefeitura de Campo Grande resolveu cobrar a taxa aos poucos.

Conforme a lei, em 2020, será aplicado 1,5%, 3% em 2021 para, em 2022, chegar aos 5%. No mesmo texto, foi sancionado o congelamento da taxa de lixo, instituída em 2017.

Agora, a discussão se volta à tarifa do ônibus, que hoje já está em R$ 3,95 e, com a cobrança de 1,5% no ano que vem, o imposto poderá incidir na passagem e encarecê-la ainda mais. A discussão do reajuste, no entanto, será retomada entre novembro e dezembro.