UPA-VET Projeto do Vereador Chiquinho Telles, Prefeito quer instalar em 2020

Sete anos após ser lançado, o projeto da Unidade de Pronto Atendimento Veterinário (UPA-VET) deve finalmente sair do papel. Lançado em 2012, pelo então prefeito Nelson Trad Filho, o projeto passou por alterações e, segundo o atual chefe do Executivo, Marcos Trad (PSD), o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) deve receber a estrutura para reforçar o atendimento.

Segundo Trad, como não foram obtidas verbas federais para a construção da unidade, a prefeitura aplicará recursos próprios no CCZ. “Aguardamos as emendas de Brasília. Não vieram. Então estamos readequando o CCZ e vamos abrir lá uma ala”, disse ao Correio do Estado.

Ainda não há custo estimado para a reforma, já que o projeto está nas primeiras fases de elaboração. “Faremos com recursos próprios, mas não sabemos ainda quanto, porque estamos terminando algumas adaptações no projeto”, justificou, apontando que essas mudanças vão garantir o pleno atendimento aos animais.

Na época em que foi lançado, em julho de 2012, o projeto da UPA-VET era o de prestar atendimentos de urgência e emergência às populações canina e felina da Capital. A unidade também tem por objetivos oferecer primeiros socorros, consultas, orientações e medicação de urgência. Com a mudança de gestão naquele ano, a proposta demorou a chegar na Câmara Municipal. 

Agora, Trad garante que em 2020 entregará tudo. “Acreditamos que, no primeiro semestre, nós entregamos”, frisou. Também está prevista a mudança na estrutura do CCZ, com reforço no atendimento.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), deve ser criado um órgão específico de saúde animal, que ficará sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov). O projeto de lei deve chegar ainda este ano à Câmara.

HISTÓRICO

O projeto que autoriza a criação da unidade ficou aproximadamente dois anos parado, até o vereador Francisco de Almeida Telles, o Chiquinho Telles (PSD), apresentá-lo em setembro de 2014. Somente em agosto de 2015 o então prefeito Gilmar Olarte sancionou a lei.

A construção da UPA-VET tinha previsão de receber recursos da educação no orçamento municipal, que poderiam ser usados na obra. Porém, a lei acabou se tornando “letra morta”.

Durante a campanha de 2016, Marcos Trad prometeu tirar a unidade do papel. Com a falta de recursos, o chefe do Executivo fez apenas ações mais simples, como a criação do Conselho Municipal de Proteção e Bem-estar Animal (Combea), em 2017.

Em março de 2018, a prefeitura entregou a reforma do centro cirúrgico do CCZ, visando a construção da UPA-VET. Na ocasião, a promessa era de que a unidade seria instalada em um anexo ao CCZ, funcionando de segunda a domingo, das 7h às 23h. 

As cobranças aumentaram em 2018, como noticiou o Correio do Estado. Trad prometeu, em março daquele ano, que entregaria a unidade em seis meses. Em setembro, protetores de animais e membros de organizações não-governamentais (ONGs) foram à Câmara para pedir agilidade.

Em janeiro de 2019, o prefeito vetou emendas para a construção da UPA-VET, o que gerou reclamações do vereador Francisco Gonçalves Carvalho, o Veterinário Francisco (PSB). Já em maio, o prefeito disse que não havia recursos para a construção.

IMPASSE

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) afirmou ter sido informado sobre o projeto ontem. O principal questionamento é em relação à fonte dos recursos para a UPA, já que não podem sair da verba para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma possível alternativa, já prevista no projeto, seria por meio de recursos da educação.

Informações do Correio do Estado