Vizinhos querem expulsar piloto que destruiu apartamento de advogado

Os moradores do condomínio Jardins do Jatobá, na Avenida Afonso Pena, concordaram em pedir na justiça a expulsão do piloto Jonas Mongenout Junior, de 41 anos, do residencial. Jonas está preso desde o dia 1º quando destruiu o apartamento do vizinho, o advogado Munir Jorge, de 56 anos.

Além do envolvimento na confusão, o piloto estaria há 5 anos sem pagar o condomínio, segundo o advogado. O valor total equivalente a cerca de R$ 72 mil reais.

Os moradores chegaram a um consenso pela expulsão, durante reunião extraordinária realizada na noite desta sexta-feira (3). “Todos os 400 moradores foram a favor da expulsão e pela cobrança dos condomínios atrasados”, afirma Munir.

O piloto seria reincidente em confusões, fator crucial na decisão dos moradores. “Nunca fomos amigos, mas eu nunca tinha tido problema com ele. Só que ele já havia arrumado confusão com outros moradores e até ameaçado uma funcionária”, completa.

Conforme Munir, mesmo sem pagar os R$ 1,2 mil mensais, o piloto continuava usando normalmente os espaços do condomínio, que é de alto padrão, como piscinas e quadra de tênis. O pedido de expulsão dos moradores será encaminhado à justiça na próxima semana. Caberá ao juiz determinar a saída definitiva do morador. 

O caso – Por volta das 23h30 da última terça-feira (31), Jonas e o filho de dez anos soltavam fogos de artifício na Afonso Pena, em frente ao prédio, para comemorar a virada do ano. Com um cachorro em casa, Munir ficou incomodado pelo barulho, desceu do apartamento e foi tirar satisfação com o vizinho.

Durante a confusão ainda na portaria, Jonas ameaçou queimar a vítima com uma espécie de laser. Munir, então, agrediu o vizinho com um soco, na frente do filho de Jonas e subiu pelo elevador. Jonas então subiu até a casa do vizinho, arrebentou o quadro de energia, arrombou a porta da cozinha do apartamento de Munir, invadiu o imóvel e danificou vários objetos usando um extintor de incêndio. Jonas ainda foi até a garagem e danificou a motocicleta Harley Davidson e o veículo Mercedes Bens da vítima, que teve retrovisores quebrados e a lataria riscada de ponta a ponta.

Jonas foi preso e para se livrar da prisão terá que desembolsar R$ 100 mil. Ainda nesta sexta-feira, o presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desembargador Paschoal Carmelo Leandro, rejeitou o pedido de redução do valor da fiança.