À caça de guarda municipal que matou dois, polícia ouve testemunhas

Testemunhas no inquérito da morte da professora Maxelline da Silva dos Santos, 28 anos, e Steferson Batista de Souza, 32 anos, estão sendo ouvidas esta manhã, por equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em continuidade à investigação.

Até agora, mais de dois dias após o crime, o guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, 35 anos, que atirou e matou os dois, continua foragido. Valternir é ex-companheiro de Maxelline e ela já havia pedido medida protetiva no dia 17 de fevereiro, após ameaça e invasão de domicílio.

A delegada ajunta da Deam, Sueili Araújo, disse que equipes das polícias Civil e Militar, além do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da Guarda Municipal estão em busca do foragido, que já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Campo Grande.

Para a polícia, a maior probabilidade é que ele ainda esteja escondido, apesar das mensagens publicadas nas redes sociais em tom de despedida. O guarda está usando wi-fi para não ser rastreado por meio da conexão própria do celular.

A delegada não detalhou quantas e quem são as pessoas que estão sendo ouvidas pela equipe da Deam.

Mortes – Por volta das 23h de sábado (dia 29), Valtenir foi a uma casa no Jardim Noroeste, em Campo Grande, onde Maxelline participava de churrasco. No portão da residência, ele foi atendido por ela e uma amiga.

Durante discussão, o guarda atirou na cabeça da vítima. A amiga Camila Telis Bispo, 31 anos, saiu correndo e foi atingida nas costas. Esposo de Camila, Steferson Batista de Souza, saiu da casa para ver o que estava acontecendo e foi baleado no tórax. Maxelline e Steferson morreram no local. Camila foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.

A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social de Campo Grande) afastou Valtenir das funções. O despacho determinou o recolhimento da arma funcional e suspensão da posse.