Após repercussão negativa e diversas ações judiciais contra a campanha “O Brasil não pode parar”, o governo apagou ao menos três publicações com o slogan nas redes sociais que defendiam o fim do isolamento social. Apesar de terem sido deletadas, as imagens ficaram disponíveis por três dias nas contas oficiais do governo, tiveram milhares de reações e estão registradas.
As postagens estavam visíveis até a noite de sexta-feira (27), mas neste sábado (28) já não eram exibidas. A Justiça Federal do Rio determinou a suspensão da campanha que prega a volta dos brasileiros ao trabalho.
Na quarta-feira (25), um dia depois do pronunciamento feito pelo presidente Jair Bolsonaro em cadeia nacional, a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) publicou duas imagens no Twitter e no Instagram com a hashtag “#OBrasilNãoPodeParar”.
Na legenda, escreveu que “no mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos”.
A campanha dá a senha para a defesa do fim do isolamento horizontal. “A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade”, dizia o texto, agora apagado.
Neste sábado, no entanto, após a Justiça pedir a suspensão da campanha e uma retratação do governo, a Secom divulgou uma nova nota na qual nega ter veiculado peças publicitárias sobre o tema e a existência de qualquer campanha. Questionada, a Secom não respondeu por que as publicações foram apagadas.