“O momento é de saúde, óbito de pessoas, letalidade. Qual caminho tomaremos para fazer com que a sociedade volte à normalidade? E o futebol está dentro deste contexto”, afirmou o professor das táticas com cinco títulos brasileiros no currículo. O treinador destacou que sua maior torcida no momento é para que os cientistas descubram um meio de acabar com a covid-19. “É uma coisa diferente que pegou todo mundo. Não podemos pensar somente no futebol”.
Em relação à volta dos treinos presenciais, Luxemburgo pontuou que a decisão está sob a responsabilidade das autoridades sanitárias. O técnico lembrou que o presidente do clube paulista, Maurício Galiotte, já determinou que o retorno ao Centro de Treinamento (CT) somente irá acontecer quando tudo estiver liberado pelos órgãos oficiais e competentes.
Luxemburgo revelou que sente saudade de estar frente a frente com os atletas, mas ressalta que ninguém está imune a doença. “Faz falta o olho no olho. mas hoje todos são grupo de risco. Têm morrido crianças, pessoas fortes que fazem musculação, atletas, então todos correm risco. Este vírus não está poupando ninguém”.
O técnico também elogiou a saída do clube para evitar o desemprego. “O Palmeiras está fazendo o que muitos não conseguiram fazer, que é preservar os seus funcionários. A participação dos atletas – houve redução de 25% nos contratos – fez com que isso pudesse ser feito. A base não está treinando, mas eles receberão os seus salários e ajuda de custo normalmente”, detalhou Luxemburgo, destacando que todo o clube se reuniu para conversar sobre o problema.
Aos 67 anos, Luxa contou que nunca viveu nada igual na vida. “Sinto-me incomodado e triste por ver que somos vulneráveis. O quanto o mundo está preocupado com outras coisas, e nós estamos com um vírus atuando e deixando todos presos em casa sem ter o que fazer”.