Após já ter sinalizado que alegaria insanidade mental a Cleber de Souza Carvalho, pedreiro de 43 anos preso preventivamente por 7 homicídios, a defesa requereu instauração de incidente de insanidade. O pedido foi feito na última sexta-feira (19) e teve parecer positivo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Além disso, a defesa também tenta alegar insanidade mental da filha de Cleber, Yasmin Natacha Gonçalves Carvalho, de 19 anos. Entre outras alegações, o advogado de defesa quer atestar ilegalidade e coação no momento em que foram colhidos os depoimentos de Yasmin e também de Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, esposa de Cleber.
Quanto a isso, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) afirma que assistiu aos vídeos dos depoimentos e não viu qualquer tentativa por parte da polícia de coagir as rés, ou mesmo tortura ou grave ameaça. Sendo assim, elas teriam prestado os depoimentos espontaneamente e de livre vontade.
A partir daí, a defesa também pediu uma complementação dos laudos periciais, fato que teve parecer positivo do MPMS, uma vez comprovado que não houve alteração no local do crime. Sobre uma possível reprodução simulada, o MP opinou pelo indeferimento, alegando que não vê grande valia na reconstituição dos fatos.
Em outra ponto, a defesa chega a reclamar sobre a falta de acareação entre Roselaine e Yasmin, um depoimento frente a frente contestando os fatos. Mesmo assim, a acusação aponta que nada disso comprova ilegalidade da ação policial nas oitivas. Ainda pontua que “Os elementos e provas colhidos durante as investigações são robustos e suficientes para apontar os denunciados como autores dos crimes”.
Por último, o advogado insere incidente de insanidade mental relativo a Cleber e Yasmin, com laudos médicos. Quanto a isso, o MPMS relata aparente frieza tanto de Cleber quanto te Yasmin, o que aponta fundada dúvida sobre a integridade mental dos acusados. Assim, pugna pela instauração.
O parecer da acusação foi juntado aos autos na manhã desta terça-feira (23) e agora é aguardada decisão do juiz.
‘Prefiro a cadeia’, disse serial killer
A reportagem do Jornal Midiamax teve informação de que, durante o tempo em que esteve na delegacia e também durante os trabalhos de localização dos restos mortais das vítimas, Cleber afirmou aos policiais que não tem problemas mentais.
Ele teria inclusive afirmado que preferia ir para a cadeia do que para o hospício, até porque na cadeia poderia trabalhar. Essa declaração foi feita informalmente. Atualmente, Cleber está no presídio.