Atual campeão nacional, o Flamengo decepcionou em sua estreia no Brasileirão. Logo na estreia do técnico espanhol Domènec Torrent, o time carioca foi derrotado pelo Atlético Mineiro, de Jorge Sampaoli, por 1 a 0, no Maracanã.
Aniversariante do dia, o lateral Filipe Luís marcou o único gol da partida, contra as redes do rubro-negro.
A partida encerrou uma série de 18 jogos sem derrota do Flamengo.
O último e único resultado ruim em 2020, até então, havia sido no dia 29 de janeiro, quando acabou superado pelo Fluminense por 1 a 0 no Campeonato Carioca – na ocasião, jogava com a equipe sub-23.
Desde então, faturou os títulos da Taça Guanabara, do Campeonato Carioca, da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana.
Pelo lado do Atlético-MG, o time mostrou a cara do técnico Jorge Sampaoli, atual vice-campeão brasileiro.
Com uma escalação surpreendente, a equipe manteve intensidade durante toda partida, colocando o Flamengo em dificuldade do começo ao fim, tanto no ataque quanto na defesa.
O treinador do Atlético-MG surpreendeu na escalação, mandando a campo um time com três zagueiros e barrando nomes como os atacantes Marrony e Keno, que começaram no banco de reservas.
Como esperado, o duelo começou animado e o esquema com três zagueiros não garantiu segurança ao time visitante. Isto porque, logo aos sete minutos, a defesa atleticana bateu cabeça, literalmente.
Rafael se chocou com Igor Rabello e a bola sobrou limpa para Bruno Henrique. O atacante ajeitou o corpo e, mesmo com o gol vazio, mandou na trave. Gabriel, livre na pequena área, ficou pedindo a bola.
Utilizando os espaços entre as linhas de marcação, o Flamengo foi se aproximando da área adversária e obrigou Rafael a trabalhar em chute de fora com Éverton Ribeiro.
O Atlético-MG, por sua vez, parecia bem focado em usar a velocidade pelo lado esquerdo para contra-atacar.
Foi assim que os visitantes conseguiram abrir o placar. Aos 23 minutos, Arana recebeu com espaço e levantou. Na pequena área, Filipe Luís tentou afastar, mas mandou contra a própria meta.
Mesmo com o novo treinador no banco, o Flamengo manteve conceitos claros da época de Jorge Jesus como a marcação na saída de bola do adversário.
A estratégia ajudou o time a criar. Numa boa roubada no campo de ataque, a bola ficou com Arrascaeta, que finalizou bem, mas mandou para fora.
O Atlético encontrou espaço, com o adversário lançado ao campo de ataque, para contra-atacar. Nathan recebeu bola longa, passou por Léo Pereira e acionou Savarino, sozinho, dentro da área.
O venezuelano dominou bem, mas finalizou em cima de Diego Alves, que salvou o Flamengo, evitando um prejuízo maior.
O Flamengo até que tentou voltar pressionando no segundo tempo. Logo aos quatro minutos, Gabriel recebeu, em posição legal, mas se enrolou na hora de finalizar e mandou para fora.
O árbitro Raphael Claus foi até a tela do VAR rever o lance por um possível pênalti em cima do atacante. Só o tiro de meta foi marcado.
Com a marcação pressão, o Atlético dificultou a vida do adversário e não deixou ser dominado.
Torrent, bastante tímido na beira do campo, colocou o time à frente com as entradas de Pedro, Michael e Vitinho, passando a ter cinco atacantes em campo.
O Flamengo, no entanto, não conseguiu encontrar espaço entre as linhas de marcação e levou perigo apenas nas bolas paradas, mas sem precisar fazer o goleiro Rafael a trabalhar.
Na quarta-feira os dois times voltam a campo para a segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
O Atlético-MG recebe o Corinthians, às 19h15, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). O Flamengo visita o Atlético-GO, às 20h30, no Estádio Olímpico, em Goiânia (GO).