O Ministério da Economia do governo Jair Bolsonaro, comandado por Paulo Guedes estuda propor uma revisão de programas sociais, como o fim o abono salarial do PIS/Pasep, o Farmácia Popular e a tarifa social de energia elétrica para que o benefício médio do Renda Brasil seja de R$ 247 por família.
A informação vem junto com a confirmação do adiamento do anúncio do pacote de medidas sociais e econômicas, prevista para esta terça-feira (25). Segundo relatos feitos à CNN, a decisão tem a articulação política como pano de fundo.
O Renda Brasil é uma reformulação do Bolsa Família que paga atualmente em média, cerca de R$ 191 para cada domicílio de beneficiários. Além de aumentar o valor do benefício, o Renda Brasil deve ser mais abrangente que o Bolsa Família, com o número de famílias atendidas passando de 14,2 milhões para até 24 milhões de domicílios. Dessa forma, o Orçamento do Bolsa Família, hoje em R$ 30 bilhões, seria substituído por um programa de R$ 52 bilhões
Para isso, o governo acabaria com programas que a equipe econômica considera “ineficientes”. O principal deles é o abono salarial, pago a todos os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos no ano-base de referência. Nas últimas versões, entraram nesse cálculo também o Farmácia Popular. Estão na mira ainda o chamado seguro-defeso, benefício pago a pescadores artesanais durante o período de pescas proibidas, e o salário-família, pago a trabalhadores de baixa renda com filhos menores de 14 anos ou com deficiência.
Conforme o Extra Globo reunião com Guedes, na tarde de ontem, o presidente foi apresentado ao programa elaborado pelos técnicos. De acordo com fontes próximas ao ministro, Bolsonaro teria considerado o Renda Brasil muito complexo e difícil de ser entendido pelo seu público-alvo e pediu a Guedes para refazer as bases do programa.