É, campeão! Quem manda no futebol mineiro é o Atlético. Sem dar chances ao atrevido Tombense, o time voltou a vencer o time do interior, desta vez por 1 a 0 (fez 2 a 1 na ida), para erguer a taça do Campeonato Mineiro pela 45° vez em sua história.
Agora são sete canecos de vantagem sobre o Cruzeiro.
O título vem pela primeira vez sob o comando de um treinador argentino.
Decepcionado por ver o arquirrival Cruzeiro conquistar as duas últimas edições, o Atlético-MG foi atrás de Jorge Sampaoli para voltar a ser protagonista no cenário estadual e, quem sabe, também no nacional.
O alto investimento em Sampaoli tinha um recado: erguer taças. E o agitado e inovador argentino vai fazendo jus ao investimento. Início bom no Brasileirão, apesar de oscilação nos últimos jogos, e faixa mineira no peito.
A conquista veio com uma apresentação até de certa maneira tranquila. O Tombense, que precisava de uma vitória simples para ser campeão pela primeira vez, foi um mero coadjuvante na segunda partida da final, no Mineirão.
O time do interior precisava do resultado positivo e viu o Atlético sufocar desde o início. Em 10 minutos, Eduarda Sasha, Keno e Cia tiveram chances claras de gol.
Rubens, artilheiro do Mineiro com sete gols, não viu a cor da bola. O experiente Ibson também em nada pôde ajudar. O Atlético-MG era muito mais forte.
E daria passo imenso para a conquista no último lance da etapa inicial. Em um gol cheio de curiosidades. O volante Jair fez de cabeça, após escanteio cobrado por Guilherme Arana, o que seria o único gol da partida.
Na última conquista do Atlético, em 2017, o gol do título também foi de um volante, na ocasião, Elias, que vestia a camisa 8, como a de Jair.
Em vantagem, o Atlético-MG fez o que mais sabe no segundo tempo. Trocar passes com precisão, uma das exigências de Sampaoli.
Com a bola nos pés, o rival não teria chances. Grande verdade. Quem mais teve oportunidades de gol foi o time do argentino.
Apreensão só quando Allan, que já tinha cartão amarelo, foi expulso aos 45 minutos após reclamar de uma entrada desleal de Rodrigo. Amarelo para o rival e vermelho a um irritado atleticano que chegou a empurrar o árbitro.
Com um a mais, o Tombense, dono da melhor campanha da competição, teria os 10 minutos dos acréscimos para tentar fazer o que não fez em 90 de bola rolando. Ameaçar o gol de Rafael.
Não o fez e ainda viu Marrony perder o gol na cara de seu goleiro. Avançou sozinho para liquidar a fatura, aos 47, mas chutou nos pés de Felipe Garcia. Goleador não pode perder chance assim. Mas, felizmente aos atleticanos, não fez falta.
Exatos 50 anos após a sua primeira conquista do Mineirão, o Gigante da Pampulha, o Atlético-MG volta às conquistas no palco. O capitão Réver ergueu a taça e o time soltou o grito de “é, campeão”.
FICHA TÉCNICA
TOMBENSE 0 x 1 ATLÉTICO-MG
TOMBENSE – Felipe Garcia; David, Admilton, Matheus Lopes (Ramon) e João Paulo; Rodrigo, Serginho (Gabriel Lima), Ibson (Jhemsrson) e Marquinhos (Gerson Júnior); Cássio Ortega (Maycon Douglas) e Rubens. Técnico: Eugênio Souza.
ATLÉTICO-MG – Rafael; Mariano, Réver, Júnior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair e Franco; Savarino (Hyoran), Keno (Marquinhos) e Eduardo Sasha (Marrony). Técnico: Jorge Sampaoli
GOL: Jair, aos 48 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Ronei Cândido Alves (MG).
CARTÕES AMARELOS – Gabriel Lima, Serginho, Rodrigo e Marquinhos (Tombense), Guilherme Arana, Jair e Allan (Atlético-MG).
CARTÃO VERMELHO – Allan (Atlético-MG)
RENDA E PÚBLICO: Jogo disputado com portões fechados.
LOCAL – Mineirão.