Agente e professor estão entre 4 presos em flagrante na operação contra pedofilia

Quatro homens já foram presos em flagrante até o momento na manhã desta quinta-feira (28), no âmbito da operação Deep Caught, que apura crimes de abuso e exploração sexual infantil pela internet, através do armazenamento e compartilhamento de dados. Foram presos um professor, um estudante e vendedor, um funcionário municipal, agente patrimonial, e um técnico eletrônico.

Segundo a delegada Marília de Brito, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), em Campo Grande foram presos dois homens, o estudante de gestão comercial de 32 anos, que trabalha como vendedor de peças automotivas e foi detido na Vila Carvalho. E também o professor de matemática de 35 anos, que atua em colégio particular dando aulas para ensino médio e fundamental e foi preso no Rita Vieira.

Ele confessou que há pelo menos 10 anos praticava o crime. Já em Bonito, cidade a 300 quilômetros de Campo Grande, foi preso um agente patrimonial de 41 anos. Em Jardim, a 239 quilômetros, foi detido um técnico eletrônico de 29 anos. Todos os 4 foram presos em casa e a Polícia Civil ainda faz diligências em um local em Campo Grande.

Também havia mandado de busca e apreensão em Cassilândia, mas a princípio não houve presos no município. Segundo a delegada Marília, foram aproximadamente 4 meses de investigação. Com os acusados foram apreendidos computadores e aparelhos de armazenamento de arquivos.

Com o professor foram 11 gigas de arquivos encontrados, entre vídeos e fotografias, e com o agente patrimonial, 19 gigas. Todo o material passa por perícia.

Operação Deep Caught

Os mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos no Estado foram identificados pela Polícia Civil com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais com indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva.

O nome da operação se refere ao trabalho investigativo da Polícia Civil, no ambiente da deep weeb, com a consequente localização e captura dos autores dos crimes, praticados contra crianças e adolescentes. É na deep web que os autores conseguem ter acesso ao material como vídeos e imagens de pedofilia.