Trabalho conjunto entre o Instituto de Criminalística, Batalhão de Choque e Corregedoria da Polícia Militar ainda busca mais quantidades de drogas, no caso que envolveu prisão e morte de PM nesse fim de semana em Campo Grande, já que mais volumes apareceram um dia após o confronto fatal.
Durante coletiva no Comando Geral da PM, em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (24), com os comandantes de policiamentos Especializado e Metropolitano e Geral da PM, coronéis Marcus Vinicius; Emerson de Almeida e Renato dos Anjos, além do Tenente Rigoberto da Silva, os próprios militares indicaram que o caminhão apreendido na ação de sexta-feira (21) começou a ser “depenado”.
Isso acontece já que, após os 90 kg encontrados inicialmente, a polícia localizou mais 20 kg de maconha na tarde do dia 23.
Ou seja, a intenção da polícia militar é que, desmontando o caminhão, é localizar ainda mais drogas em complemento do caso, a serem entregues à Delegacia de Polícia Civil.
Cabe apontar que as primeiras quantidades foram prontamente localizadas após a ocorrência, com uma segunda quantia localizada nos estapes do caminhão, enquanto a terceira estava nos pneus de rodagem.
Relembre
Conforme acompanhado pelo Correio do Estado, a ocorrência foi registrada na sexta (21), durante captura de um grupo envolvido no roubo de caminhão e tráfico de drogas, ocasião em que um sargente saiu preso e o cabo da PM, Almir Figueiredo Barros, foi morto.
Próximo à região do Indubrasil, o caso aconteceu em uma chácara no Jardim Carioca, região oeste de Campo Grande, na saída para Corumbá, conforme nota da PM.
Enquanto Almir foi morto por colegas de farda, o intrigante para os investigadores é justamento o fato de que – inicialmente – menos de cem quilos de maconha foram localizados.
Antes da quantia encontrada ontem (23), a apreensão resumia-se a 58 tabletes de maconha em um fundo falso e outros 59 tabletes em um pneu estepe, totalizando em torno de 90 quilos, que no Paraguai são vendidos por menos de R$ 10 mil.
Nada isolado
Além do PM morto, o sargento Laercio Alves dos Santos, de 48 anos, foi preso instantes após o confronto, acusado de integrar grupo de cinco pessoas que estava em poder de um caminhão roubado que era usado para o tráfico de drogas.
Antes de integrar as páginas policiais como suspeito, o nome de Laercio circulava pela mídia local como “herói”, já que acumulava homenagens concedidas pela Câmara Municipal de CampO Grande por “atos de bravura” após salvamentos de pessoas em incêndios.
Casos nada isolados, Laercio e Almir se somam a mais de 60 policiais militares que apresentaram o chamado “desvio de conduta”, conforme o comandante-geral da Polícia Militar de MS, coronel QOPM Renato dos Anjos Garnes, só nos últimos dois anos.
Entre esses casos destaca-se o do sargento da PM e integrante do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Ygor Nunes Nascimento, acusado de acobertar atos da quadrilha do popular “Motinha”, especializada em tráfico de drogas.
Com informações Correio do Estado!