Após decreto municipal interromper integralmente o transporte público por 15 dias a partir deste sábado (21) em Campo Grande, para barrar a contaminação pelo Covid-19, o novo coronavírus, os moradores notaram que os veículos continuaram a circular pela manhã, mas o flagrante tem uma explicação.
De acordo com o Consórcio Guaicurus os veículos que estão circulando neste sábado são, exclusivamente, para transportar os passageiros que trabalham na área da saúde, em unidades de saúde da cidade ou hospitais.
A partir deste domingo (22), linhas específicas serão escolhidas para rodar, mas por enquanto, todas circulam e os funcionários precisam mostrar os motoristas que são trabalhadores da saúde. Confira o que disse o Consórcio:
“Os ônibus que estão circulando hoje são exclusivamente para transportar pessoal da área da saúde. A integração funciona normalmente. Todos têm que se identificar. Todas as linhas funcionam hoje. A partir de amanhã, itinerários específicos que estão sendo definidos entre o consórcio, poder público e gestores da área da saúde” explicou.
Em nova atualização na tarde desta sexta-feira (20), o número de casos confirmados do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul subiu para 12, conforme dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Os três novos casos confirmados são de pessoas residentes em Campo Grande: um homem, de 46 anos, uma mulher, de 30 anos e outro homem, de 49 anos que mantiveram contato com pessoas já infectadas pelo vírus.
Sem transporte público
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou, em transmissão nas redes sociais nesta sexta-feira (20), a paralisação do transporte coletivo em Campo Grande pelos próximos 15 dias. A medida está incluída na série de restrições feitas para conter o avanço do novo coronavírus COVID-19.
A suspensão entra em vigor no sábado (21) e segue pelos próximos 15 dias. “São medidas de impacto, mas não tenho alternativa”, afirmou Marquinhos, ressaltando que os esforços estão sendo feitos para impedir que a pandemia chegue às regiões mais vulneráveis da cidade.
Ele informou ter acompanhado diariamente os números dos usuários, mas não adiantará decreto fixar limite de 20 pessoas em aglomerações se nos ônibus trafegam juntas até 60 pessoas. Conforme o prefeito, várias etapas foram seguidas até chegar nesse ponto. Primeiro, foram suspensas as aulas municipais, depois estaduais, na sequência o tráfego dos idosos e agora será feita a suspensão integral. “Por não ter tido eficiência nos decretos anteriores”, informou.
Em cada garagem, haverá um ônibus de plantão 24h para pessoas enfermas que precisarem ser transportadas, segundo adiantou o prefeito. De acordo com ele, o decreto de suspensão conterá detalhes sobre o funcionamento excepcional incluindo os telefones pelos quais a população poderá entrar em contato para obter informações sobre o serviço emergencial. “O certo é que a partir de amanhã não haverá mais transporte coletivo na nossa cidade”, enfatizou.