Jair Paulino da Silva, 52 anos, revelou à polícia, que estava disposto a matar “somente” o guarda da escola, onde Albina Freitas Ribas Luiz Gonçalves, 49 anos, trabalhava, no Jardim Anache, em Campo Grande. Ele acreditava que a ex tinha um caso com o trabalhador.
A fala está no depoimento dado aos policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM, na Capital, horas após o crime, na tarde desta terça-feira (28).
Silva detalhou que não aceitava o fim do relacionamento, que era conturbado, segundo ele. No depoimento, nega agressões e alega que ele é que apanhava da então esposa. Citou que era traído, mas sempre a perdoava e detalhou que armou uma estrutura para se matar, mas iria esperar mais algumas horas.
Jair argumentou que andava com uma faca porque era ameaçado por familiares da ex-mulher e que não premeditou o crime. Ele diz que tinha ciência da medida protetiva, pedida por ela à polícia.
Ainda conforme o documento, o agressor disse que seguia a pé, até a escola Nazira Anache, para matar o suposto amante de Albina. No entanto, no caminho, encontrou a vítima no estacionamento de um açougue e já chegou a estapeando e depois a esfaqueou.
O caso é investigado como feminicídio e ele está preso. O suspeito aceitou ser defendido por um Defensor Público.
O crime
A vítima estava no estacionamento de um açougue, no cruzamento das ruas Jaime Cerveira e Francisco Pereira Coutinho, no Jardim Anache. Ela olhava o celular, quando o ex-marido, Jair Paulino da Silva, 52 anos, surgiu a pé e a surpreendeu com um tapa.
O celular de Albina ”voou” por cerca de quatro metros. Logo depois, ele sacou uma faca do cós do short e passou a golpear a mulher.
A mulher tenta se defender usando o braço, mas em dado momento, ele mantém a cabeça dela abaixada e dá várias estocadas na nuca.
Ao menos quatro pessoas presenciaram todo o ataque, mas ninguém interviu. O suspeito só para quando a vítima cai e ele foge correndo.
A vítima recebeu os primeiros atendimentos da Polícia Militar e foi socorrida em estado grave à Santa Casa, onde morreu logo depois. O agressor foi preso e levado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM.