O presidente Jair Bolsonaro participa hoje (27), de um evento do PL, em Brasília, com “tintas eleitorais”.
O evento conta aliados e candidatos a cargos públicos, além de milhares de apoiadores, deve ser um dos primeiros com autodeclaração do atual mandatário da República como candidato à reeleição.
Segundo o site Metrópoles, na prática, é o lançamento da pré-candidatura do chefe do Executivo federal.
Preocupações da equipe jurídica envolvida na campanha fizeram com que o caráter do evento fosse alterado e, em recuo, a festa passou a ser anunciada como “Encontro Nacional do Partido Liberal”.
Havia expectativa de que o ato descambasse para um comício, o que poderia gerar questionamentos de adversários perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob alegação de campanha antecipada.
O presidente deve dar os primeiros sinais dos rumos que a campanha do PL tomará. A principal aposta consiste em reunir esforços no antipetismo, com a esperança de ressuscitar o sentimento que ajudou a eleger Bolsonaro em 2018.
Nas últimas semanas, o próprio Bolsonaro começou a dar sinais de mudanças de comportamento com vistas à campanha. Passou, por exemplo, a convidar jornalistas para entrar no Palácio da Alvorada, algo que parara de fazer ainda no primeiro ano de mandato, em 2019. A ideia é suavizar a imagem do presidente.
Filiações
Como advogados da campanha acenderam um alerta para possível infração da lei, visto que o lançamento de uma pré-candidatura pode ser enquadrado como campanha eleitoral antecipada. Em vez disso, neste domingo, o ato deve ser marcado pela filiação partidária de uma nova leva de apoiadores do presidente. Entre eles, o deputado federal Vitor Hugo, pré-candidato ao governo de Goiás, e o ministro da Cidadania, João Roma, que deve disputar o governo da Bahia.
A sigla realizou, nas últimas semanas, “mutirões” para filiar aliados do presidente, em reuniões a portas fechadas na sede nacional do PL, na capital federal. Pré-candidatos têm até dia 2 de abril para definir seus futuros partidários.