Bolsonaro se irrita e questiona: ‘o que eu tenho a ver?’, sobre crime envolvendo militante

O presidente Jair Bolsonaro comentou o assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, pelo policial penal Jorge Guaranho, simpatizante do bolsonarismo.

“O que eu tenho a ver?”, disse o presidente, ao ser questionado, nesta segunda-feira (11).

Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre o caso na entrada do Palácio do Planalto. O presidente reclamou de quem, segundo ele, busca associá-lo ao ato de Guaranho.

“Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL”, disse Bolsonaro, em referência a Adélio Bispo, que desferiu uma facada no presidente durante a campanha de 2018. “Agora, o que eu tenho a ver com a com esse episódio [de Foz do Iguaçu]?”, questionou.

Marcelo Arruda foi morto a tiros na madrugada do domingo (10), na comemoração do aniversário de 50 anos, realizado em uma associação de Foz do Iguaçu. A decoração era inspirada no PT e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adversário de Bolsonaro nas eleições.

O boletim de ocorrência cita que, antes de atirar contra Marcelo Arruda, Jorge Guaranho rondou o local e gritou palavras de ordem como: “Aqui é Bolsonaro”. 
Bolsonaro admitiu que há uma polarização no país e ressaltou que é contra a violência.

“Eu sou contra qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada, a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado. É do lado de lá”, argumentou o presidente.

Ele insistiu que não pode ser culpado por episódios de ódio no país.

“Eles querem me criminalizar o tempo todo. Tentando bater na mesma tecla, como se eu fosse responsável pelo ódio no Brasil. Pelo amor de Deus. Só falta daqui a pouco ter briga de torcida e me criminalizar também”, concluiu Bolsonaro.

As informações são do G1.