De projetos travados a salvação em momento de crise econômica. Os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) renegociados pela Prefeitura de Campo Grande desde o ano passado asseguraram a execução de mais de R$ 200 milhões em obras de recapeamento. No entanto, o valor não é suficiente para recuperar os mais de 1,5 mil quilômetros de ruas que precisam do serviço. Sem o governo federal, o município não tem previsão de fazer grandes investimentos na área.
Atualmente, apenas o recapeamento da Avenida Tamandaré e das ruas adjacentes está com obras em andamento. A melhoria, iniciada na segunda-feira, será feita em trecho de 4,6 quilômetros, entre a Júlio de Castilhos e a Teadoro Roosevelt. Os recursos aplicados no empreedimento são de R$ 5,4 milhões do PAC Pavimentação do Complexo Altos do São Francisco.
A obra complementa o recapeamento executado na Tamandaré até a UCDB, dentro do Complexo Jardim Seminário. Esta é a segunda frente de recapeamento executada na região, que também receberá 10,9 quilômetros, abrangendo, além da Tamandaré, 3,7 quilômetros da Rua Fernando Noronha e mais dois 2,6 km, trechos da Euler Azevedo. Na Euler, será refeito o asfalto da pista bairro/centro, da Presidente Vargas até a rotatória da Tamandaré, e o trecho até a rotatória com a Ernesto Geisel.
Também é executada com verbas federais, a finalização de 2,5 quilômetros de recapeamento da Avenida Cônsul Assaf Trad, entre a rotatória do macro anel e a Rua Marques de Herval. O investimento de R$ 2,9 milhões, integra do projeto de drenagem e pavimentação do Bairro Nova Lima, etapa A.
No início do ano, a prefeitura afirmou que tinha R$ 204 milhões assegurados para obras de recapeamento e microrevestimento asfáltico nos próximos dois anos. O montante somava R$ 14 milhões em recursos próprios, R$ 130 milhões do Programa de Mobilidade Urbana e R$ 60 milhões do PAC Pavimentação. O valor seria suficientes para recuperar 370 quilômetros da malha viária, sendo 120 quilômetros de recapeamento e 250 quilômetros de microrevestimento, técnica para o fechamento dos pontos de fissura que previne o surgimento de novos buracos.
Nos últimos 19 meses, equipes contratadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura executaram mais de 35 quilômetros de recapeamento, com recursos do PAC Mobilidade Urbana e do PAC Pavimentação. Portanto, nem 5% dos total de 1,5 mil quilômetros que precisam do serviço.
Fonte: Correio do Estado
Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado