Com protestos, vereadores aprovaram suplementação de R$ 60,3 milhões para Marquinhos

Os vereadores da Câmara Municipal aprovaram, por 24 votos a favor e dois contra, com ressalvas, os R$ 60,3 milhões referente ao pedido de autorização de suplementação para o pagamento de dívidas do município. No entanto, os parlamentares chegaram a questionar as ‘dívidas’ que não foram especificamente detalhadas, principalmente, de a uma velha conhecida, a Solurb.

Antes da votação, o vereador Vinícius Siqueira, do DEM, detalhou dos 60 milhões de reais, R$ 32 milhões seriam repassados para a Solurb. “São 32 milhões de reaispara pagamentos de dívidas, mas da onde é essa dívida”, questionou. Além disso, lembrou que parte do recurso foram retirados de obras de contenção para o pagamento de dívidas.

Outro ponto questionado foi pela vereadora Cida Amaral, do Podemos. Ela detalhou que R$ 8 milhões foram retirados da atenção básica e encaminhados para a alta complexidade, na saúde. Cida lembrou que a atenção básica é justamente, em uma das áreas que mais precisam de investimentos. Durante o discurso, comentou que precisou encaminhar a própria mãe para um hospital, uma vez, que a mesma não encontrou atendimento na atenção básica.

Projeto

Segundo o texto, o prefeito Marquinhos Trad, do PSD, informou que o valor de R$ 60,3 milhões, será para pagamento de dívidas. Deste, parte do recurso vai para a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), para quitar a dívida com a empresa CG Solurb, o valor foi de R$ 32 milhões, sendo pagos em duas parcelas, de R$ 12,8 milhões e R$ 19,2 milhões.

O restante, R$ 26,7 milhões, será destinados à Fundação Municipal de Saúde (FMS), especificamente, para atender emendas dos vereadores como a compra de medicamentos e material laboral. Além de despesas com contrato de limpeza, e complementação no contrato com a Santas Casa de Campo Grande.

A Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento, deve receber também R$ 310 milhões, para pagamento do contrato com a Reluz. E mais R$ 1,3 milhão para atender os serviços jurídicos de terceiros da Câmara Municipal de Campo Grande.

Ao final da votação, o presidente da Câmara Municipal, João Rocha, PSDB, esclareceu que toda vez, que o Executivo precisa fazer remanejamento acima de 5%, os projetos obrigatoriamente, têm que passar pela Casa de Leis. O projeto foi aprovado em única votação e discussão.