O repórter fotográfico Valdenir Rezende pode não ter mais uma data em sua homenagem em Mato Grosso do Sul.
Projeto de Lei, de autoria do deputado Márcio Fernandes (MSB), que institui o Dia do Repórter Fotográfico – Valdenir Rezende no calendário oficial de Mato Grosso do Sul estava na pauta da sessão desta quinta-feira (7), na Assembleia Legislativa.
Renomado e com mais de 40 anos de carreira no Correio do Estado, Valdenir morreu em decorrência da Covid-19 em fevereiro deste ano, aos 55 anos.
A proposta foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCRJ).
No entanto, ao ser colocado para votação no plenário, o deputado Lídio Lopes (Patriota) foi contrário ao projeto da forma que foi apresentado.
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Na avaliação do deputado, seria melhor criar uma medalha em homenagem ao fotógrafo, pois o nome de Valdenir Rezende daria a entender que o dia era apenas em homenagem a ele, e não do Repórter Fotográfico.
“Fica esquisito, seria um dia só do Valdenir, que deixou sua história, seu legado, acho justa a homenagem a ele, mas ficou estranho”, disse.
Deputado Rinaldo Modesto (PSDB) concordou com o colega e sugeriu uma emenda, com aprovação do projeto para incluir do Dia do Repórter Fotográfico no calendário estadual, mas sem a denominação Valdenir Rezende.
“Podemos criar a medalha com nome do fotógrafo, inclusive uma pessoa queridíssima. Nós aprovamos o projeto e criamos a medalha com o nome dele”, disse Rinaldo.
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, afirmou que “medalha é caro”, e sugeriu que a homenagem seja a criação de um diploma.
Devido a isso, Lídio Lopes pediu vistas, para fazer a emenda mudando a forma de homenagem.
O autor da proposta, Márcio Fernandes, disse que a intenção é apenas homenagear e que os deputados e a melhor forma.
“O pedido de vistas é um direito que o deputado tem e se ele quiser fazer uma emenda, é constitucional, um direto dele também”, disse.
“O importante é homenagear este profissional que tanto contribuiu para o nosso Estado e deixou um legado”, acrescentou.
Valdenir Rezende
O repórter fotográfico Valdenir Rezende começou a trabalhar no Correio do Estado na década de 80, como office boy do setor de Recursos Humanos, onde se interessou pela fotografia.
Anos mais tarde, conheceu sua esposa Rosângela Gauna, também no Correio do Estado, e tiveram dois filhos.
Sua paixão pela fotografia foi tamanha que encantou seus dois filhos, Álvaro Rezende e Bruno Henrique Rezende, que seguiram os passos do pai.
“Ele era tão bom no que fazia que nos fez apaixonar pela fotografia também”, disse Bruno.
“Ele sempre foi um fotógrafo dedicado, criativo e tratou a fotografia como paixão, tanto que passou esse amor a mim e meu irmão”, relatou Álvaro.
Ao longo da carreira, Valdenir foi agraciado com praticamente todos os prêmios de fotojornalismo de Mato Grosso do Sul.
A morte de Valdenir causou grande comoção entre colegas de profissão e leitores que acompanhavam seu trabalho.