Sônia Obelar Gregório, de 41 anos, suspeita de ter cegado o ex-marido e tatuador Leandro Coelho Marques, de 31 anos, deixou Mato Grosso do Sul mesmo com uma intimação para comparecer na delegacia e prestar esclarecimentos sobre a lesão provocada.
A investigação sobre o caso em que o tatuador foi atingido por soda cáustica permanece, mas o delegado Felipe Alvarez Madeira, da 5° Delegacia de Polícia Civil, informou que aguarda a chegada do laudo pericial para fechar o inquérito.
Após o recebimento do documento, o inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que analisará o caso para ofertar a denúncia contra Sônia.
Em relação à fuga de Sônia, o delegado confirmou que algumas informações recebidas apontam que a mulher deixou a cidade e, posteriormente, o estado para evitar se apresentar na delegacia.
A mulher pode responder pelo crime de lesão corporal gravíssima, no qual as investigações apontam que ela agiu de forma premeditada.
O caso aconteceu na noite do dia 22 de fevereiro, na rua Cajazeiras, no Jardim Aero Rancho. Na oportunidade, Leandro estava de moto e Sônia a pé, quando o tatuador ao se aproximar da sua ex-mulher, foi atingido pela soda cáustica em seu rosto.
Dias depois, o médico da Santa Casa confirmou que havia perdido a visão dos dois olhos e somente uma cirurgia poderia reverter o quadro, mas que custaria algo em torno de R$ 30 mil, entre hospedagens, procedimentos e afins, que foi arrecadado por meio de uma vaquinha virtual.
Em entrevista ao TopMídiaNews, nesta terça-feira (15), Leandro achou que morreria após ser atingido pelo líquido corrosivo.
“No dia do ocorrido eu achei até que eu ia morrer, porque foi uma sensação muito difícil, muito delicada, quando ela ‘tacou’ aquele líquido no meu rosto, fui perdendo a visão muito rápido e foi queimando o meu rosto como se estivesse pegando fogo, mesmo, então, eu fui perdendo as forças, eu achei que eu ia morrer no momento”, relembra.
