Executado com a esposa em ‘micro-ondas’ tem 26 passagens pela polícia e deixa duas filhas

O homem que foi executado junto de Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos, e que seria seu marido, Pedro Vilha Alta, tem 26 passagens pela polícia, entre elas, furtos qualificados, ameaças e porte de drogas. Os corpos foram encontrados carbonizados, esquartejados em sacos pretos, nesta segunda-feira (16), no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

O casal desapareceu por volta das 2 horas da madrugada do dia 15 deste mês, quando saíram de casa jogando as chaves por debaixo da porta. No registro da ocorrência por desaparecimento, familiares informaram que eles eram dependentes químicos e que tinham problemas com traficantes da região, que não gostavam deles, mas que não seriam envolvidos com facção criminosa de acordo com o conhecimento da família. 

Ainda segundo o registro, o casal não trabalhava e recebia ajuda do governo. Pedro usava tornozeleira eletrônica. Mesmo afirmando que não sabiam de participação dos dois com facções, familiares disseram que eles poderiam ter se envolvido de alguma forma com facções criminosas. O casal deixa duas filhas. 

O crime

O caso será investigado pela DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). O delegado Nilson Friedrich, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, que atendeu o caso nesta segunda (16), disse que o crime  pode ter envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com informações do delegado, o modo como os corpos foram encontrados esquartejados, sem cabeças e dispostos em sacos de lixo e espalhados pela região, é o mesmo como operam facções criminosas. Um dos corpos foi encontrado envolto em pneus queimados, em uma execução conhecida como ‘micro-ondas’, quando a pessoa é queimada dessa forma. 

Ainda de acordo com Friedrich, os corpos não estavam totalmente carbonizados, e não se sabe se o fogo na área foi colocado para tentar apagar os rastros do crime ou se os pedaços dos corpos foram jogados já com o terreno pegando fogo. O caso agora será investigado pela DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), segundo o delegado, devido à complexidade.

Os cortes nos corpos foram feitos com faca, mas nenhuma arma foi encontrada no local. A mão da mulher estava quase intacta, o que facilitou a identificação. Para a polícia, a suspeita é de que o incêndio, que teria começado no domingo (15), foi criminoso.