Frentes de serviço da prefeitura fazem operação para manter tráfego em ruas não pavimentadas

Equipes da Prefeitura de Campo Grande estão fazendo o possível para garantir trafegabilidade em ruas não pavimentadas. A Secretaria Municipal de Infraestrutura  e Serviços Públicos mantém sete equipes nas ruas e aproveita ao máximo os poucos períodos de chuva para garantir condições de trafegabilidade nos 900 km da malha viária não pavimentada existente na cidade.

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Só em janeiro, foram executados 50 quilômetros  de patrolamento  e conformação das pistas.  A prioridade, segundo o secretário Rudi Fiorese,  são as vias de acesso e de maior tráfego nos bairros, intervenções em pontos de atolamento e recomposição de pistas onde a enxurrada levou o aterro.

“As condições do tempo não favorecem o trabalho, mas enquanto não há período de estiagem que reduza de fato a umidade do solo, é necessário atuar para que a população atingida não fique isolada”, justificou.

O Conjunto Habitacional Ramez Tebet é um dos locais críticos visitados por equipes da Sisep nesta semana. A enxurrada forte levou o material de revestimento primário e deixou algumas ruas praticamente interditadas, inclusive aquelas onde passam  os ônibus do transporte coletivo, como as  ruas  Martinez e Maria Glória Ferreira de Souza .

Segundo o comerciante Edvaldo  Silveira, dono de uma mercearia na esquina das duas vias, por causa da topografia do terreno,  na Rua Maria da Glória, a enxurrada desce muito forte.  Como medida paliativa, além de ser aplicado e compactado o revestimento, foram feitos alguns “quebra molas” de terra para amortecer a velocidade da água.   “Depois que o pessoal fez este trabalho, melhorou bastante”, avalia Luiz Henrique, dono de uma barbearia.

O trabalho de manutenção de vias não pavimentadas é permanente. Ano passado, conforme levantamento da Sisep, foram executados 588 quilômetros de  patrolamento, o que corresponde a quase 80% da malha sem asfalto. Em alguns bairros (Noroeste, Columbia, Santa Emília, São Conrado e Nova Campo Grande), as características do solo e a topografia aumentam  o impacto dos estragos provocados pelas águas pluviais. Nestes casos, equipes da Secretaria foram aos locais várias vezes para garantir condições de tráfego.

“A solução é fazer drenagem e asfaltar, mas infelizmente a Prefeitura não tem recursos para custear todas estas obras de forma simultânea”, explica o secretário Rudi Fiorese, reforçando que precisaria de R$  1,2 bilhão para asfaltar a cidade.