Empresário de 30 anos e médica veterinária, de 29 anos, que morreu depois de sair, em surto, de um motel no Jardim Noroeste, em Campo Grande, ficaram em um dos quartos do local por mais de 3h na noite de ontem (16). A polícia esteve na manhã de hoje (17) no estabelecimento para coletar provas e informações
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Meirelles, da 3ª Delegacia de Polícia da Capital, imagens das câmeras de segurança e registros indicam essa linha de tempo. “Não foram alguns minutos.. [Eles não] ‘chegaram ali e algo não deu certo; não, [eles] passaram horas naquele quarto”, afirmou ele.
Meirelles disse que quatro funcionários do motel e alguns moradores que presenciaram toda a ação foram ouvidos informalmente e devem prestar depoimentos em breve. Segundo ele, a mulher estava em um “alto grau de agitação” e saiu correndo de dentro do local. Testemunhas disseram que a vítima saiu correndo e espumando pela boca, gritando o tempo todo, se jogando e rastejando pelo chão até entrar embaixo de um caminhão.
Há informações que o motorista conseguiu frear a tempo de evitar o atropelamento e que ela teria entrado embaixo do caminhão, mas nada foi confirmado pelo delegado. “Ela realmente aparentava, naquele momento, um transtorno; não estava na sua normalidade, momentos antes do óbito. Agora nós queremos saber a causa disso, se foi originada de uma reação medicamentosa, alérgica, ingestão de substância,ou foi uma discussão; o que causou aquilo e o que potencializou para que ela chegasse ao óbito”, comentou ele.
Na perícia, as autoridades encontraram quatro latas de cerveja, um frasco de descongestionante nasal e uma porção de cocaína. O caso inicialmente foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro, onde o advogado do empresário esteve no local. Porém, até o momento da entrevista, na tarde de hoje, ninguém havia procurado o delegado responsável.