A Polícia Federal (PF) está investigando uma possível manipulação de resultado em um jogo entre Patrocinense (MG) e Inter de Limeira (SP), do mesmo grupo do Costa Rica, que aconteceu no dia 1° de junho, pela Série D do Campeonato Brasileiro.
Autorizado pela Justiça de São Paulo, 11 mandados foram cumpridos pela PF em Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Tanguá (RJ) e Nova Friburgo (RJ).
Segundo apuração da TV Globo, a partida em questão foi uma vitória da Inter de Limeira por 3×0 contra a equipe mineira, mas ainda não há confirmação da PF. Porém, já foi confirmado que os apostadores tinham sabiam que a Patrocinense viria a perder por dois gols no primeiro tempo.
Os alvos da investigação são jogadores, empresários e técnico do clube na época, além da própria sede do time. Para começar a ser investigado, o caso foi alertado pela SportRadar, multinacional suíça que analisa dados de apostas esportivas, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Importante salientar que há uma parceria entre a SportRadar e CBF, com intuito de casos como esses serem identificados o quanto antes, além de tentar evitar ou precaver situações de manipulação no resultado.
No relatório da multinacional enviado à Confederação, a movimentação em uma casa de aposta específica estava quase unânime (99% das apostas) que a equipe visitante, no caso a Patrocinense, iria perder o primeiro tempo por dois gols, algo incomum para se apostar.
“Durante a partida, verificou-se que a equipe visitante sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles contra”, detalha a SportRadar no oficio divulgado.
Além de representantes e jogadores do clube estarem sendo investigados, uma agência que gerencia atletas também pode estar envolvida. Ela e a Patrocinense teriam firmado uma parceria para que os atletas agenciados pela empresa fossem contratados pela equipe mineira.
A PF agora investiga se há ligação entre a parceria e a suposta manipulação de resultados. Caso o crime seja confirmado, a pena para os envolvidos pode variar de dois a seis anos de reclusão, por “crimes contra a incerteza do resultado esportivo”, previstos na Lei Geral do Esporte.
Atualmente, a Patrocinense está no grupo G da quarta divisão nacional, grupo que também integra o Costa Rica. A equipe mineira conquistou apenas cinco pontos até aqui na competição, sendo a lanterna do grupo.
Com informações Correio do Estado!