O quarteto que sequestrou a mulher, de 32 anos, e dois de seus três filhos, de 8 e 5 anos, no bairro Zé Pereira, tiveram suas prisões convertidas em preventiva na manhã desta sexta-feira (23), após audiência de custódia. Portanto, os dois jovens, de 18 e 22 anos, um rapaz, de 27 anos, e o pai das crianças, de 36 anos, serão encaminhados para um presídio de Campo Grande.
Com eles ainda foram apreendidos dois adolescentes: um, de 15 anos, e outro, de 14 anos, esse último sendo filho do principal suspeito de arquitetar o plano de sequestro. Eles permanecem à disposição da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).
O homem, de 36 anos, acusado de ter sido o mentor, permaneceu em silêncio durante seu interrogatório na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Por outro lado, os demais envolvidos resolveram revelar detalhes e contar como tinha sido “organizado o papel” de cada um na ação delituosa.
Mas na justiça, pesou contra o pai das crianças o histórico desfavorável, incluindo uma pena de homicídio que ele cometeu no ano de 2011, quando atirou contra o sogro e matou a sogra em Campo Grande.
A juíza de direito May Melke Amaral Penteado Siravegna pontuou em sua decisão que devido o “crime ter sido praticado mediante violência e grave ameaça à pessoa, demonstrando a gravidade concreta de delito, de modo que infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas”.
Eles foram autuados e poderão responder pelos crimes de sequestro, cárcere privado e até lesão corporal no âmbito da violência doméstica.
Relembre
A mulher, de 32 anos, foi abordada assim que buscou seus três filhos em uma escola no bairro Zé Pereira, em Campo Grande, no final da tarde de quarta-feira (21). Ela foi obrigada a entrar no veículo dos suspeitos com as duas crianças, enquanto a filha mais velha, de 11 anos, conseguiu escapar e pedir ajuda para demais pessoas.
A vítima foi espancada e abandonada em um cativeiro na região do Nova Campo Grande. A Polícia Civil descobriu que membros de uma facção criminoso colaboraram no sequestro, mas não informou qual dos integrantes do grupo fazia parte da facção.
As crianças foram resgatadas na casa de um tia acompanhada da avó paterna. Elas estavam bem e saudáveis.
A intenção do pai era sequestrar as crianças para que elas pudessem conviver com ele, na companhia do irmão, de 14 anos, por isso, foi arquitetado o plano. O ex-casal vive uma briga judicial por conta da guarda das três crianças.
Atuaram na investigação e no resgate o GOI (Grupo de Operações e Investigações), Batalhão de Choque e Polícia Civil, por meio da Deam.