Mãe e filha dizem que foram estupradas por promotor de eventos do Libanês

Desde dezembro do ano passado, 4 vítimas procuraram a polícia e acusaram promotor de eventos do Clube Libanês de estupro. Duas das vitimas são mãe e filha, a primeira é enteada dele e a segunda a neta da esposa do homem de 57 anos.

O caso veio à tona quando a menina, de apenas 8 anos, contou que era violentada desde os 6. “Um dia, ela disse à mãe que estava com saudade da casa da avó, mas só não gostava das brincadeiras chatas do avô, passando a mão e enfiando o dedo”, conta a delegada Franciele Candotti Santana, da DPCA (Delegacia Especializada em Proteção da Criança e Adolescente).

A mulher se desesperou e procurou a polícia em fevereiro. A delegada chegou a pedir a prisão preventiva do acusado, mas ele só foi preso no dia 14 de março, quando se apresentou espontaneamente à DPCA. “Mesmo assim, ele disse que era mentira e que a enteada inventava tudo porque nunca aceitou o casamento dele com a mãe”, detalha a delegada.

A enteada, agora com 40 anos, disse que foi obrigada a se mudar da casa da mãe aos 35, porque não aguentava mais o assédio do padrasto. Segundo a mulher, o promotor se masturbava com frequência na frente dela. “Mas ele não estava nem ai”, contou a vítima à polícia.

Depois de revelada a violência contra a enteada e a menina de 8 anos, uma sobrinha da esposa do autor também resolveu contar que sofreu nas mãos do marido da tia. De acordo com os relatos da adolescente, agora com 17 anos, os abuso ocorreram dos 10 aos 15 anos. 

A quarta vítima até agora é a única que não faz parte da família. Garçonete de Naviraí, de 18 anos, registrou boletim de ocorrência em dezembro de 2018, depois de ser assediada e “agarrada” pelo homem durante uma festa. Ela disse que, apesar da esposa estar no local, o promotor tentou até agarrá-la a força. A jovem então pediu ajuda a um amigo  garçom, que também trabalhava no evento, e os dois registraram o B.O.

O homem, de 57 anos, está preso no Instituto Penal de Campo Grande. Ele não terá o nome divulgado para preservar a identidade das mulheres que são parentes da esposa do acusado.

Fonte: Campograndenews
Foto: Paulo Pinto (AGPT)