O ex-secretário Marcelo Miglioli (PSDB) e o deputado federal Zeca do PT lideram a lista de candidatos que concorrem a duas vagas a quem Mato Grosso do Sul tem direito no Senado a partir do ano que vem.
Entre os 12 postulantes ao cargo, Miglioli tem o maior patrimônio declarado no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), R$ 3.776.573,39 em bens, seguido por Zeca do PT com R$3.722.932,09.
As informações sobre o patrimônio dos candidatos fazem parte da declaração entregue por partidos e coligações à Justiça Eleitoral para registro das candidaturas, cujo prazo terminou na quarta-feira (15).
Entre os bens declarados por Miglioli estão: imóveis, veículos, quotas de empresas e depósitos em conta corrente.
No ranking de maior patrimônio entre os candidatos ao Senado aparecem na sequência o Promotor Sérgio Harfouche (PSC), com R$ 3,2 milhões; Nelsinho Trad (PTB), com R$ 3,2 milhões; Betó Figueró (Podemos), com R$ 2,5 milhões; Moka (MDB), com R$ 757,2 mil; Cesar Nocolatti (PTC), com R$ 728,5 mil; Betini (PMB), com R$ 205 mil; Soraya Thronicke (PSL) com R$10 mil; Anisio Guato (PSOL), com R$ 60; Mário Fonseca (PC do B), com nenhum bem cadastrado e Thiago Freitas (PPL), com nenhum bem cadastrado.
OMISSÃO
Sem especificações sobre valor e tipo, a declaração de bens que os candidatos apresentam à Justiça Eleitoral acaba sendo apenas um documento dentre tantos outros na lista de obrigatoriedades no momento de registrar candidatura. Previsto na resolução n° 23.455, a única exigência é que a listagem de patrimônio seja elaborada e assinada pelo candidato.
Outra obrigatoriedade é no quesito origem e mutação patrimonial, mas não a atualização dos valores dos bens – o que explica que da maioria dos documentos conste apenas o valor de compra do bem.
A ausência de critérios específicos acaba indo na contramão da proposta da declaração de bens, que é tornar o processo eleitoral mais transparente.
Especialistas eleitorais ressaltam que essa declaração feita pelos políticos não precisa ser como as feitas para o Imposto de Renda, que facilita a omissão de algum bem. Há candidato, por exemplo, que é dono de terra, mas não declara durante na Justiça Eleitoral.
Nesses casos, o político pode sofrer uma representação por falsidade ideológica, por exemplo.
Patrimônio declarado à Justiça Eleitoral pelos candidatos ao Senado por MS (em ordem alfabética)
Anisio Guato (PSOL) R$ 60
Betini (PMB) R$ 205.000,00
Beto Figueró (Podemos) R$2.560.000,00
Cesar Nocolatti (PTC) R$ 728.541,00
Marcelo Miglioli (PSDB) R$ 3.776.573,39
Mário Fonseca (PC do B) Nenhum bem cadastrado
Moka (MDB) R$757.299,37
Nelsinho Trad (PTB) R$ 3.204.570,89
Promotor Sérgio Harfouch (PSC) R$3.275.193,15
Soraya Thronicke (PSL) R$ 10.000,00
Thiago Freitas (PPL) Nenhum bem cadastrado
Zeca do PT R$3.722.932,09
Fonte: Conjuntura Online e Justiça eleitoral