Motorista de Uber foi morto por conta de ciúmes entre casal de passageiros

Motorista de aplicativos Rafael Baron, de 24 anos, foi morto, na noite de ontem (13), por conta de ciúmes que Igor César de Lima Oliveira, de 22, estava sentindo da esposa, também de 22 anos. O crime aconteceu em frente ao condomínio Reinaldo Buzanelli, onde o casal vive, no Bairro Campo Nobre, em Campo Grande.

Conforme o delegado Ricardo Meirelles, da 5ª Delegacia de Polícia Civil da Capital (5ªDP), o autor chamou o serviço de Rafael pelo aplicativo Uber, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon, onde havia levado a esposa, grávida de quatro semanas, que passou mal.

A mulher sofreu um acidente de moto, há alguns dias, e estava com uma tipóia no braço. Então, Rafael teria feito uma série de perguntas sobre o acidente, motivo pelo qual Igor teria ficado enciumado e mudado de atitude durante o trajeto, como contou a moça ao delegado. O suspeito estava no banco do passageiro e a esposa na parte de trás.

Ao chegar no condomínio, Igor desceu rapidamente do carro e pulou a janela da casa onde mora, no mesmo momento em que a esposa ficou pagando a corrida. Ela disse ter visto o marido entrando da forma estranha.

Como não tinha dinheiro trocado, a mulher foi até a casa, onde estavam a sogra e a cunhada e viu o marido saindo com uma arma na mão. A mãe dele contou que tentou impedir o filho, mas sem sucesso. Rafael estava aguardando pelo dinheiro, quando foi atingido à queima roupa no braço e no pescoço.

Nesse momento, a vítima, que estava em um veículo Gol, teria tentado fugir, mas bateu em dois veículos estacionados e um princípio de incêndio se iniciou. 

A mulher disse que se trancou no banheiro com medo de ser a próxima vítima. De acordo com o delegado, a arma seria um revólver calibre .38, que os familiares disseram desconhecer a posse. 

Igor se encontra fugitivo do sistema semiaberto, desde o ano passado, por conta de um roubo cometido em 2015. O mandado de prisão encontre-se em aberto.

Para o crime de ontem, ele será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A ação foi uma colaboração entre a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga, a 5ª DP e o Grupo de Operações e Investigações (GOI). 

Fonte: Correio Do Estado
Foto: Álvaro Rezende