Mulher que assassinou marido a facadas matou filho esfaqueado em 2020 em Paranaíba

Quatro anos antes de matar o marido, João Teodoro do Prado, 66 anos, a facadas em Paranaíba, Emília Maria de Jesus, 71 anos, cometia o mesmo crime contra o filho, em setembro de 2020, na mesma cidade – a 410 quilômetros de Campo Grande. A mulher chegou a ser presa em 2022 pelo crime. 

Em depoimento sobre a morte do marido, Emília lembrou aos policiais que também matou o filho Agmar Quirino de Almeida, 50 anos, a facadas. Segundo a autora, ela agiu em legítima defesa durante uma briga entre os dois.

Segundo a versão de Emília, o filho era usuário de drogas e só o esfaqueou em “legítima defesa, pois saiu muito lesionada da briga com o filho”, disse ela sobre o caso.

Segundo o JP News, o crime aconteceu na Rua Antônio Garcia de Freitas, no bairro Santo Antônio. Mãe e filho discutiam, quando Agmar pegou um facão e acertou um golpe no rosto da mãe que caiu. No chão o filho ainda chutou a mulher.

A idosa levantou, pegou uma faca e golpeou várias vezes o filho. Ainda conforme noticiado na época, Agmar conseguiu desvencilhar e foi até os fundos da casa. Quando retornou com um objeto nas mãos, a mãe desferiu mais golpes de faca, até que ele caísse.

A mulher foi ao quarto, acordou o marido e relatou o caso. Ela ainda pediu para que vizinhos acionassem a polícia.

Assassinato do marido

Emília assassinou João Teodoro, com quem conviveu por 25 anos. O crime aconteceu neste domingo (6), no bairro Daniel II, em Paranaíba. O casal já era conhecido pelo histórico de brigas e separações.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por vizinhos que encontraram Emília ensanguentada e caída na calçada. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram João Teodoro do Prado, dentro de casa, já sem vida, com várias perfurações na região do tórax.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou os primeiros socorros em Emília, que apresentava apenas um ferimento na perna esquerda. Ela foi encaminhada para a Santa Casa de Paranaíba, onde permaneceu sob custódia. Durante o atendimento, Emília mostrou sinais de conversas desconexas e não soube relatar o que havia acontecido. A polícia não descarta que ela tenha simulado o desmaio.

Testemunhas relataram que, pouco antes do incidente, Emília teria sido deixada na casa por um veículo. Minutos depois, ela saiu do local coberta de sangue, o que desencadeou as ligações para o serviço de emergência. A faca utilizada no crime foi encontrada próximo ao portão da residência.

Em consultas ao sistema policial, foi confirmado que João já havia registrado uma ocorrência, no ano passado, relatando que foi agredido fisicamente por Emília. No entanto, ele resistia a tomar ações mais severas, provavelmente devido ao carinho que ainda sentia pela companheira.