A mulher, de 37 anos, sequestrada e mantida em cárcere privado por pelo menos três suspeitos, tinha um único propósito em Campo Grande: visitar seu filho. Mas o que seria uma viagem tranquila, vindo de Nova Alvorada do Sul, se tornou um pesadelo para a vítima, que ficou sem água e comida durante quatro dias.
Ela acredita que a situação aconteceu a mando do seu ex-marido. Ela conseguiu deixar o cativeiro em que estava durante o domingo (26) e contou com ajuda de um motociclista para chegar até a rodoviária, onde pediu ajuda e teve amparo da Guarda Civil Metropolitana.
A história começa após ela desembarcar na mesma rodoviária onde pediu ajuda, quando ela veio visitar o filho. Mas no terminal de ônibus, ela recebeu uma proposta de um serviço oferecida por um motorista de aplicativo, que explicou como tudo aconteceria e que a corrida custaria R$ 18, situação aceita pela vítima.
A corrida seguia normalmente até o Jardim Noroeste, mas em determinado momento, houve uma mudança de trajeto por parte do suposto motorista de aplicativo, que entrou à direita na esquina de um posto de combustível amarelo e logo foi questionado sobre a mudança na rota, afirmando para a mulher que ela seria levada para uma casa onde encontraria o ex-marido.
Na residência, a mulher disse que havia dois homens encapuzados e eles a colocaram dentro do quarto, onde permaneceu até domingo sem comida e sem água. Além disso, a vítima foi ameaçada de morte e os autores passaram as mãos em seu corpo. Inclusive, durante todo o tempo os autores ficaram consumindo bebida alcoólica e fazendo uso de drogas.
Ainda conforme a mulher, um dos envolvidos, que usava de calça tática, de cor preta, estava portando um revólver. Ele municiou a arma na frente da vítima e disse que estava aguardando a autorização do ex-marido para matá-la.
Após aproveitar uma distração dos suspeitos, a vítima conseguiu fugir. Ela ficou escondida em uma mata e quando passou um motociclista, ela pediu ajuda e o mesmo a levou para a rodoviária.
A mulher foi encaminhada para a DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e no interrogatório e acredita que o mentor do crime seja o ex-marido, já que vem sendo ameaçada desde a separação. O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado; ameaça e importunação sexual.