Após empatar com o Panamá, o Brasil faz o seu ensaio final antes da Copa América nesta terça-feira, às 16h45 (de Brasília), em amistoso contra a República Tcheca. E a seleção brasileira foi um dos temas do “Bem, Amigos!” desta segunda, só que em tom de crítica. Para Muciry Ramalho, quando se exagera na parte tática pode atrapalhar os jogadores, que estão perdendo a personalidade. O ex-técnico argumenta que os comandados de Tite não estão conseguindo jogar:
– Às vezes o técnico exagera muito na tática e atrapalha. Eu fui técnico e sei. Porque o jogador fica muito dependente de você, é uma muleta. Eu não gosto do jogador, quando acaba o primeiro tempo, fala assim: “Vamos ver o que o professor vai falar”. Ele tem que ter personalidade. Nós perdemos isso aí, a gente só fala em tática, tática, mas não está jogando nada.
Caio Ribeiro fez coro a Muricy:
– Na hora que você começa a se prender muito mais na questão tática do que a liberdade que tem que dar para o cara exprimir o que tem de melhor, acho que já inibe um pouco o atleta. Isso é um pouco do Tite – observou o ex-jogador, que cobrou mais atenção para quem joga no Brasil:
– E vou falar uma coisa que me incomoda um pouquinho nesse pós-Copa do Mundo do Tite. Acho que ele está valorizando demais o que acontece lá fora e dando pouca oportunidade para quem está aqui dentro. Por que o Everton Cebolinha não pode ser titular nesse momento na Seleção? Por que está jogando aqui no Grêmio? (…) Gostaria de ver o Dudu na vaga do Vinícius Júnior. Para mim o melhor camisa 1 que a gente tem está aqui no Brasil, tem que ser o Cássio. É o goleiro do jogo grande, que pega a bola decisiva. Não é em tom de crítica, é muito mais para abrir a discussão.
Fonte: Globoesporte.com
Foto: Divulgação / CBF