Pessoa de bondade infinita, Regiane queria ‘festa surpresa’, mas teve sonhos interrompidos

A florista Regiane Fernandes de Faria, 39 anos, que foi morta pelo ex-namorado no dia 19 de janeiro, estaria completando 40 anos neste domingo (26) e estava ansiosa por uma festa surpresa.

Emocionada, a irmã de Regiane, a jornalista Regilene Fernandes, 38 anos, lembra do último encontro.

“Na sexta-feira ela passou na minha casa, fiz uma omelete para ela e ficamos conversando. Ela falou que estava uma delícia e eu falei para comer mais, quando ela foi ver já era quase meia-noite e disse que tinha que ir embora”, lembra com saudade.

Na data de hoje (26), Regiane completaria mais um ano de vida, no entanto, teve a vida interrompida de forma brutal ao ser assassinada pelo ex-namorado Suetonio Pereira Ferreira, 57 anos. 

“Hoje está sendo um dia muito difícil, ela estava falando bastante de uma festa surpresa. Eu acho que a gente fica lembrando, a gente fica pensando como seria se a pessoa tivesse aqui, o que a gente estaria fazendo. Provável que a gente ia se reunir na data de ontem, para que não desconfiasse”, diz.

Segundo Regilene, Regiane era uma pessoa que acreditava em plantar e disseminar a semente do bem.

“Ela era uma pessoa que se visse um picolezeiro senhorzinho, ela comprava picolé só para ajudar. Uma pessoa de coração muito bom, eu admirava ela, pois ela passou pelo câncer e mesmo nos momentos difíceis, estava sempre sorrindo, a felicidade dela era ajudar as pessoas”.

“Na casa dela tem um monte de embalagem para presente, comprava papel para entregar, ficava feliz em presentear as pessoas, amava dar flores de presente, não reclamava, não murmurava, sempre lembrava de um ou de outro”, relembra a irmã.

Regilene sabe que nada pode trazer a florista de volta, no entanto, garante que a família deseja que Suetonio pague pelo que fez.

“Temos um advogado no caso, até então não sabemos a versão dele, não prestou depoimento. Nada que a gente fizer vai trazer ela de volta, só queremos que ele pague o que ele fez. Tem a justiça do céu e também da terra”.

Seguindo o espírito guerreiro da irmã, Regilene garante que o conforto da família é saber que Regiane está em um lugar bom.

“Um dia a gente vai se encontrar. O que conforta é saber que ela está em um lugar melhor. Não podemos focar na tristeza, temos que ter psicológico para continuar nessa parte criminal, vou estar a frente, então assim, é ter cabeça para continuar”, finaliza.

O crime

A florista, que é terceirizada de uma floricultura na Vitório Zeolla, chegava para trabalhar e foi surpreendida pelo ex-namorado, Suetonio Pereira Ferreira, 57 anos, que estava a pé. Os dois discutiam quando o suspeito sacou a arma, deu três tiros nela e depois um disparo no próprio ouvido. Os dois foram socorridos para a Santa Casa.

Regiane, infelizmente, não resistiu.